1961
Do acervo de Luiz Puchta, a fotografia mostra o elenco do Operário Ferroviário campeão da fase ‘Sul’ do Campeonato Paranaense de 1961, decidido em campo e também fora dele. Até os dias atuais, aquela é uma das edições mais ‘confusas’ da história do estadual.
Em 1961, o torneio tinha uma fórmula de disputa que era dividida em três módulos: o sul, o norte-velho e o norte-novo, com as equipes de cada região do Paraná se enfrentando entre si, em uma fase de grupos. Naquele ano, o torneio teve 37 participantes, um dos mais recheados da história. O melhor colocado de cada grupo ganharia o direito de disputar o triangular final.
Pelo grupo sul, Operário e Coritiba empataram na pontuação e em todos os demais critérios de desempate, com o time da capital levando a melhor no saldo de gols.
Foi então que a equipe pontagrossense resolveu entrar no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) para denunciar a escalação irregular de um atleta coxa-branca. Trata-se do atacante paraguaio Agapito Sánchez, recém-chegado no futebol brasileiro.
O pedido, em primeira instância, foi negado pelo TJD. O Operário, então, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), alegando que o Tribunal Paranaense não teria isonomia para julgar o caso, por estar localizado na capital. O STJD, então, deu ganho de causa ao time dos Campos Gerais, que foi declarado campeão do torneio sul e classificado para jogar a final do Paranaense.
Na final, o Operário acabou derrotado pelo Comercial, de Cornélio Procópio.
Fontes: Gazeta do Povo e Federação Paranaense de Futebol / Foto - Acervo de Luiz Puchta / Acervo Ponta Grossa Histórica
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