O registro mostra o que seria a última viagem em perímetro urbano da Locomotiva 250, popularmente conhecida como “Maria Fumaça”, antes da ‘aposentadoria’ do trem, em novembro de 1989. 

A fotografia, pertencente ao acervo de Nelmar José Moreira, mostra a passagem da locomotiva na antiga linha férrea que passava na região onde encontra-se, atualmente, a avenida Dom Geraldo Pellanda, a poucos metros da Igrejinha de Uvaranas.

Nessa época, a Locomotiva 250 já era de propriedade da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), como mostra a logomarca inscrita na parte superior dos vagões.

A locomotiva a vapor nº 250 foi idealizada pelo engenheiro Ewaldo Krüger, que adaptou peças de uma locomotiva Mikado 2-8-2 na década de 1930. O serviço foi concluído por seu filho, Germano Krüger, em 1940. Ambos foram funcionários da antiga Rede Ferroviária Federal.

Com exceção da caldeira, todas as peças da locomotiva foram fabricadas na Rede Ferroviária em Ponta Grossa. O novo trem iniciou suas atividades em 1942, puxando de seis a oito vagões lotados de mercadorias que auxiliaram na construção da Estrada de Ferro Central do Paraná, que ligava Ponta Grossa, nos Campos Gerais, até Apucarana, no norte do estado.

A Maria Fumaça trabalhou por exatos 30 anos, até ser “aposentada” em 1972. Por se tratar de uma locomotiva a carvão, foi substituída por um novo trem movido a diesel, como demandava a indústria da época para cortar custos. Antes de ser colocada em exposição no  Parque Ambiental, em 1990, no entanto, a locomotiva fez um último ‘passeio’ nas ferrovias da cidade.

Fontes: Acervo Prefeitura de Ponta Grossa / Diário dos Campos / Foto - Acervo de Nelmar José Moreira / “Antigamente em Ponta Grossa” / Acervo Ponta Grossa Histórica

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