1981
Quando os governos brasileiro e paraguaio iniciaram o projeto para a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, na década de 1970, havia um dilema social a ser resolvido: para onde iriam as famílias proprietárias de terras na região que seria inundada para a criação do lago que abastece a usina?
A solução pensada pelos gestores foi a desapropriação, com os governos comprando as propriedades das famílias dos municípios que seriam afetados. A negociação, no entanto, não foi pacífica.
Agricultores e pequenos produtores rurais acusavam o governo de oferecer preços muito abaixo do valor de mercado das propriedades, em alguns casos não ultrapassando metade do valor real dos imóveis. Com o avanço da obra, um conflito social começou a se formar. Milhares de pessoas que não tinham para onde ir após serem retiradas das terras passaram a se organizar em acampamentos nas imediações de Foz do Iguaçu.
O registro é de 7 de abril de 1981, quando pouco mais de 6 mil colonos marcharam pelas ruas de Foz do Iguaçu. As reivindicações eram por terra, reforma agrária e preço justo pelas propriedades desapropriadas.
Estima-se que pouco mais de 60 mil pessoas precisaram deixar suas residências para a construção da Usina de Itaipu, com cerca de 9 mil propriedades desapropriadas no Brasil e outras 1.200 no Paraguai.
Fontes: Documentos Revelados / Acervo Paraná Histórica
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