A década de 1970 foi marcada por dificuldades para o futebol profissional em Ponta Grossa. A última grande conquista do Operário havia sido o vice-campeonato Paranaense de 1958 e, visando se reestruturar financeiramente, o Fantasma fez uma fusão com o Guarani Sport Club, equipe de futebol amador, dando início à Associação Pontagrossense de Desportos, em 1970. O objetivo do projeto era unir os dois departamentos de futebol para um reequilíbrio financeiro.

A nova equipe disputou a elite do Campeonato Paranaense em 1971, 1972 e 1973, até que a união foi desfeita, em 1974. Apesar dos resultados esportivos terem melhorado no período, a aceitação da torcida com o novo projeto não foi a esperada, refletindo-se em públicos baixos nos jogos em casa.

Entre 1974 e 1977, o Operário precisou se desdobrar para conseguir montar equipes para a disputa do estadual, por conta dos problemas financeiros. Em 1978, veio a medida mais drástica: o clube solicitou à Federação Paranaense de Futebol (FPF) o afastamento das competições oficiais por falta de recursos. 

O período longe dos gramados, no entanto, não foi de todo ruim. Aproveitando o período sem jogos, o Estádio Germano Krüger recebeu a primeira grande intervenção desde sua fundação, em 1941. Já em 1978, o clube iniciou a construção da arquibancada coberta da “Casa do Fantasma”, como mostra o registro.

Ao todo, a nova arquibancada coberta do Germano Krüger tinha capacidade para 1733 torcedores sentados. O objetivo da intervenção, além de manter o patrimônio do clube cuidado, também foi trazer de volta o torcedor ao Estádio. Três anos antes, em 1975, o Germano Krüger havia registrado o maior público de sua história: 18.562 pagantes em um Operário 2 x 3 Coritiba, pelo Campeonato Paranaense daquele ano.

O “novo” Estádio, agora com arquibancada coberta, voltou a receber jogos já em 1979, com o retorno do Operário ao Campeonato Paranaense.

Fontes: Acervo Operário Ferroviário / Tribuna do Paraná / Diário dos Campos / Foto - Osmario Souza Ribas / Acervo Paraná Histórica

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