Maringá

"Cosme e Damião" garantem mais segurança aos moradores - 1967

1967

No final de 1967, a população maringaense estava consternada com o assassinato de Clodimar Pedrosa Lô, garoto de 15 anos que havia sido torturado até a morte no interior do prédio da delegacia, então localizada na avenida Paraná esquina com a rua Guaíra. Lô era suspeito de um furto que havia ocorrido no local em que trabalhava, o Palace Hotel.  


Motivados pela revolta, pessoas cobravam maior segurança das autoridades e representantes das forças de segurança pública. Em resposta, o coronel Haroldo Cordeiro esquematizou rondas nos locais de maior movimentação da cidade. Veiculada na capa da Folha do Norte do Paraná em dezembro daquele ano, a foto apresentou a seguinte legenda: "A dupla de 'Cosme e Damião' mudou a paisagem da cidade e dá mais segurança ao povo". Na notícia, a dupla de soldados aparece simbolicamente na então praça Nações Unidas - Baluarte da Paz, que entre a rodoviária e a estação ferroviária, na avenida Tamandaré. 

A questão é que no caso Clodimar Pedrosa Lô, a falta segurança havia sido culpa da própria Polícia. Portanto, a matéria parece ter sido veiculada para amenizar tensões, já que aquele impresso era de propriedade do bispo Dom Jaime Luiz Coelho. Embasando a hipótese, semanas antes, o representante da Igreja Católica organizaria um banquete para homenagear Haroldo Cordeiro devido aos excelentes serviços que vinha prestando à comunidade local. Obviamente, o reconhecimento foi cancelado após os fatos virem à tona.

Fontes: Folha do Norte do Paraná de 8 de dezembro de 1967 / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica. 

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