1980
Uma das principais boates e casas noturnos de Maringá foi a Kalahari. Localizada na travessa Guilherme de Almeida, em frente à praça Raposo Tavares, no coração da cidade, o estabelecimento funcionou nos pavimentos superiores do Cine Plaza.
A ideia de se montar uma boate veio de Manoel Abrão Neto, em 1983. O então proprietário do bar Baixada Verde percebeu que seus clientes buscavam por um espaço para continuar a noite. Embora a cidade tivesse tido badaladas casas noturnas na década de 1970, muitas não haviam tido sequência e existia uma reclamação generalizada acerca dos estabelecimentos que fechavam as portas por volta da meia-noite.
Então, Manoel Abrão Neto convidou o seu irmão, Paulo, que também era do ramo e que administrava o Chaplin's Bar. Integraram ao grupo mais dois sócios, Eugênio Casagrande e Osmar Casavechia. Juntos, foram em busca de uma área para concretizar aquele desejo.
Os sócios simpatizaram com um prédio inacabado em cima do então Cine Plaza, que era do José Ferreira Branco, o "Zé Português", que havia feito fortuna na direção do Frigorífico Maringá (Frigma). Boêmio, Branco facilitou a negociação com o objetivo de a cidade ter uma boate de primeira.
As obras ocorreram ao longo de oito meses e a inauguração da Kalahari aconteceu em 25 de novembro de 1983. Naquela noite, Wando realizou um inesquecível show.
Apresentando-se como uma grande novidade à vida noturna maringaense, a Kalahari tinha três pavimentos distribuídos para diferentes públicos: pista lenta, pista rápida (ou disco) e espaço dedicado para grandes shows, onde havia mesas e restaurante. Ainda existia um terraço para descanso com vista para a cidade. As imagens mostram detalhes dos requintados ambientes ao longo dos anos 1980.
No final da década de 1980, Osmar Casavechia deixou a sociedade para fundar outra casa noturna na avenida Pedro Taques, chamada Yellow. Quanto a Kalahari, diversas reformas foram promovidas visando a sua melhoria. Em 1990, por exemplo, foi aberto um mezanino entre as pistas de dança.
No ano de 1995, os proprietários transferiram a boate para a avenida Cerro Azul, próximo à Catedral Nossa Senhora da Glória. Os sócios tiveram que deixar o prédio da praça Raposo Tavares para atender as normas de segurança que passaram a vigorar pelo Corpo de Bombeiros. O custo de readequação para manter a Kalahari no mesmo local seria muito elevado.
Em 2002, a Kalahari deu espaço para a DOT, casa noturna que vigorou até 2006.
Fontes: Acervo Família Abrão / Acervo Maringá Histórica.
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