O primeiro circo residente em Maringá é considerado o Circo Flexas Humana, ou Flexas Humanas Circus, chegado em Maringá na década de 1950.  De propriedade de Antonio Laurentino Tavares, o Professor Janes, o empreendimento ficava numa picada aberta na estrada Mandacaru e atraia a população com diversas atrações, como acrobatas, palhaços, animais exóticos e mágicos.

A formação do Flexas Humanas surgiu a partir de uma divisão de um circo anterior, que havia visitado Maringá em 1948, estacionando no Maringá Velho, a uma quadra da rodoviária. Tratava-se do Circo Karlos de Timbica, do Rio Grande do Sul.

Segundo o historiador João Laércio Lopes Leal, “Karlos Timbica Stankovicz nasceu em 1913, na cidade de Santiago, estado do Rio Grande do Sul. Seus pais, Pedro e Maria Stankovicz, vieram da Áustria, onde trabalhavam em teatro de saltimbancos (artistas itinerantes). Ao chegarem ao Brasil, continuaram a trabalhar como saltimbancos e, mais tarde, em circo. Karlos, seguindo a tradição da família, entrou para o circo, atuando como palhaço. O secretário e mágico do circo era o Sr. Antônio Tavares, pai de Altamiro Tavares, o palhaço Lambretinha. Seu Altamiro relata que, no sul do país, onde moravam, a fama do Norte do Paraná era grande e Maringá era um referencial para todos. A viagem para Maringá durou seis dias, e eles trouxeram somente a mudança e os chamados ‘pano de roda’, que eram utilizados para cercar o local. O madeiramento foi comprado na serraria da Companhia de Terras Norte do Paraná. O circo permaneceu na cidade por volta de dois meses, indo depois para Campo Mourão.”

A imagem é de 1952 e mostra os integrantes do Circo Karlos de Timbica na cidade de Cruz Alta no Rio Grande do Sul. 

Fontes: Acervo Maringá Histórica / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá /  LEAL, João Laércio Lopes. História Artística e Cultural de Maringá. 1936-1990. Imprima Conosco: 2016.

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