Maringá

A praça e o busto de Napoleão

1962


Inauguração da praça Napoleão Moreira da Silva, em 10 de maio de 1962. Na foto, Lúcia (filha do homenageado) ao lado de Adriano José Valente e Arion Ribeiro de Campos.  

A praça já existia desde o final da década de 1940. Porém, somente em 1962 foi urbanizada com projeto do arquiteto José Augusto Bellucci, que assina outras estruturas de Maringá, como a Catedral Nossa Senhora da Glória. 

Napoleão, o "baiano de olhos verdes", chegou a Maringá na década de 1940, foi comerciante e vereador representando o então distrito em 1947. Em 1952, já com Maringá emancipada, foi eleito o vereador mais votado da cidade, com 304 votos. Morreu em 1957, vítima de um acidente de avião no litoral paulista. 

No livro “Napoleão Moreira da Silva, um monumento da história”, escrito por Antônio Padilha Alonso e Osvaldo Reis, há o seguinte relato:

“O saudoso Napoleão Moreira da Silva teve seu nome perpetuado na história com uma merecida homenagem póstuma prestada pela Câmara Municipal através da Lei nº 32/57, assinada pelo presidente em exercício Salvador Lopes Gomes. O projeto de autoria do vereador Francisco Rodrigues de Melo nominou de Napoleão Moreira da Silva à praça central, onde um busto representa sua brilhante trajetória política e sua vasta folha de bons serviços prestados à evolução dos mais diversos segmentos da sociedade maringaense. Sua figura altaneira será eternamente lembrada como exemplo de dedicação, força de vontade, de patriotismo, de coragem e de bravura, de amor ao próximo e à sua querida Maringá e sua gente. Na praça Napoleão Moreira da Silva no local onde funcionaram as duas primeiras rodoviárias de Maringá. Entre a av. Brasil e a rua Santos Dumont, em frente às Casas Pernambucanas, está um busto em sua homenagem com a frase: ‘revelou-se por seus atos, digno de nossa admiração’. O busto é de autoria do escultor e médico Dr. Waldemar Prandi, um dos primeiros de Maringá. Foi inaugurado em 10/05/72.

O bronze utilizado no busto foi adquirido em São Paulo na Fundição J. Rebelato-Bronzes Artisticos - Nota Fiscal 417, de 07/04/62. O custo do material importou em 120 mil cruzeiros. Esse valor foi arrecadado através de contribuições de 54 amigos de Napoleão: Benjamim Fritz, Oswaldo Bozo, Moacyr Saes Minari, Primo Monteschio, Anísio Monteschio, Joaquim Cardoso da Silva, Luiz Cadenassi, Alfredo Martins da Silva, Francisco Raduchinski, Vassilio Hacin, Jornal de Maringá, Osvaldo Firmino, Valdomiro de Paula, José Romano, Glaucidio Oliveira, Joaquim Vieira dos Santos, Miguel Mizisk Benedito Ferreira da Silva, Alceu Hauari, João Calsavara, Adalto Tazeto, Vicente Foque, Osvaldo Macedo, Júlio Tano, Adriano Valente, Ludovico Del Grossi, Akira Sato, Sebastiana Haddad, Sebastião Olinto, Augusto Pereira, José Ignácio da Silva, Alfredo Maluf, Wilson Surita, Sebastião Fernandes, Maurilio Alves, Silvio Barros, Carlos Bueno, Samuel Silveira, Yoshio Sato, Ulisses Bruder, Cal Garcia, Helénton Borba Côrtes. Na relação constam outros nomes cujas assinaturas estão ilegíveis.

O saudoso Napoleão Moreira da Silva durante muitos anos foi o único político de Maringá a ser homenageado com um monumento em praça pública. Muitos outros são merecedores de tal honraria, mas Napoleão foi o primeiro.”

O busto do ex-vereador foi mantido na revitalização que a praça, com inauguração tendo ocorrido em dezembro de 2022.

Fontes: Livro - Napoleão Moreira da Silva, um monumento da história, de Antônio Padilha Alonso e Osvaldo Reis / Blog do Rigon  / Acervo jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.

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