Maringá

A Morte de Fabíola Regina Coalio – 2003

2003


Com texto do jornalista Marcelo Bulgarelli.

A foto é de Henri Jr e data de 13 de agosto de 2003. É uma das mais icônicas do fotojornalismo maringaense, pois foi tirada exatamente no momento em que uma mãe abraçava o corpo de sua filha já sem vida. A menina Fabiola Regina Coalio, de 12 anos, foi vítima de um racha entre dois automóveis na avenida Colombo, logo no início daquela noite. 

O Diário do Norte do Paraná acompanhou o desenrolar daquela tragédia em matérias assinadas com muita emoção pela jornalista Josi Costa. “Hoje fui até a casa da família da Fabiola e pude sentir o cheiro da criança no quarto dela”, disse Josi, aos prantos, ao retornar para a redação do jornal. Todo esse sentimento e revolta foi dividido com o editor Edvaldo Magro e demais colegas.

Fabíola foi colhida à beira da calçada por um Omega dirigido por Marcos de Jesus da Silva, que se apresentou à polícia, mais de uma semana depois, foi ouvido pelo delegado José Maurício de Lima e liberado para responder ao inquérito em liberdade. Luiz Cavichioli Forini, que dirigia outro Omega, foi preso pela Polícia Rodoviária em Iguatemi logo depois do acidente. Admitiu ter participado de um racha, mas negou o atropelamento. Deixou a prisão três dias depois. 

Marcos Jesus da Silva confessou ser o responsável pelo atropelamento, mas não admitiu ter participado de um “racha”. O delegado Mauricio de Lima Filho conduziu o inquérito, denunciou Luiz Forini e Marcos de Jesus por crime doloso eventual (quando se assume o risco de matar) e pediu a prisão preventiva dos acusados. No dia 15 daquele mesmo mês, a promotora Mônica Louise devolveu o inquérito à Polícia Civil pedindo mais detalhes do acidente. 

Na reconstituição, realizada no dia 2 de outubro, confirmou-se o racha. O laudo da perícia revelou que Marcos de Jesus dirigia a 130km/h quando atropelou Fabíola Coalio. 

No dia 16 de março de 2004, O Diário sustentou que motoristas envolvidos no acidente iriam a júri popular, com a caracterização do atropelamento como homicídio doloso (com intenção de matar). Os acusados foram julgados no dia 5 de agosto. Marcos Jesus da Silva foi condenado a seis anos e seis meses e Luiz Cavichioli Fiorini a seis anos. A sentença deveria ser cumprida em regime semiaberto.

Fontes: O Diário do Norte do Paraná de 14 de agosto de 2003 / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica. 

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