Maringá

Os primeiros detentos formados pela PEM - 1998

1998


A grande sala de aula mostra os alunos formandos pela Penitenciária Estadual de Maringá (PEM), em 3 de dezembro de 1998. Foram 80 detentos que tiveram a oportunidade de voltar a estudar. Muitos nunca frequentaram uma escola. 

Por meio do Centro de Educação Aberta à Distância (Cead), finalmente conseguiram seus certificados. Naquele dia, a festa começou pela manhã e continuou à tarde, com outra turma de formandos. Além da cerimônia de entrega dos certificados, os detentos ainda encenaram peças teatrais e cantaram para as 13 professoras da Escola Professora Tomires Moreira de Carvalho, que funcionava dentro da PEM.

A coordenadora do curso era a professora Marlene Avelino Barbosa. Ela via no projeto uma grande oportunidade de os detentos ganharem autoestima, melhorarem o convívio dentro da penitenciaria, além de incentivar a continuidade dos estudos.

As professoras também desenvolveram trabalhos junto aos alunos da terceira idade, com pinturas e artesanatos natalinos. Para Marlene, era um trabalho gratificante, principalmente quando um aluno dispensa a almofada de carimbo (para assinatura com digital), dizendo que sabe ler e escrever seu próprio nome.

Depois das peças encenadas, envolvendo alunos e professoras, todos se confraternizaram com muito refrigerante, bolo e salgadinho. A festa terminou ao som de uma roda de violão. 

No dia 25 de dezembro, não houve nenhuma confraternização a pedido dos próprios presos. Eles preferiram comemorar o Natal um domingo antes, junto com os parentes, durante o horário de visita. 

O diretor da PEM era o coronel Antônio Tadeu Rodrigues, hoje presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Maringá, o primeiro do gênero a ser criado no país, no início dos anos 1980. 

Fontes: O Diário do Norte do Paraná de 4 de dezembro de 1998 / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica. 

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