2001
A intenção da foto foi mostrar a pacificação entre a Prefeitura de Maringá e a Mitra Arquidiocesana. O encontro do então prefeito José Cláudio Pereira Neto e o arcebispo Dom Murilo Krieger, em 7 de julho de 2001, resultou em uma nota de esclarecimento. O Ministério Público também havia entrado na “briga”.
A polêmica era em relação a taxa de iluminação da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória, principal cartão postal de Maringá: “Quem deveria pagar a conta?”.
Tudo teria começado com uma ação do Ministério Público exigindo da Mitra a restituição de R$ 170 mil ao Município. Esses gastos eram relativos à iluminação da Catedral nos últimos cinco anos (1996/2000). Num primeiro momento, o MP chegou a pedir a restituição dos gastos com a iluminação interna e externa, algo em torno de R$ 530 mil, na época. No entanto, ficou acertado que a praça e a parte externa da Catedral pertenciam ao município.
O assunto também envolveu o primeiro Arcebispo de Maringá, Dom Jaime Luiz Coelho, já afastado de suas atividades. Aos 85 anos, Dom Jaime precisou comparecer a Promotoria da Justiça. “O não comparecimento injustificado importará na adoção de medidas cabíveis”, dizia o ofício do MP.
Dom Jaime explicou, junto ao promotor José Aparecido da Cruz, que a Arquidiocese nunca cobrou qualquer valor da Prefeitura pelo uso que o Município faz da Catedral como atração turística, bem como de outras publicações, publicidades e propagandas que levam sempre a imagem do monumento religioso.
No final, o município reconheceu que a iluminação externa era de responsabilidade da Prefeitura. Na nota conjunta, assinada pelo prefeito José Cláudio e o arcebispo Dom Murilo Krieger, as partes esclareceram que “eventuais divergências pontuais, desencontros e crises, próprios dos regimes democráticos, devem ser superados pelo diálogo maduro e fraterno”.
Fontes: O Diário do Norte do Paraná de 8 de julho de 2001 / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.
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