1986
A noite dos Discos Voadores, em 22 de maio de 1986, é um dos eventos mais comentados da ufologia brasileira e já valeu um vídeo no Maringá Histórica. Dois anos após o avistamento, o caso seria resgatado numa reportagem de Roseli Valério para a Folha de Londrina, em 23 de março 1988.
Roseli destacou alguns casos no estado e Maringá mereceu destaque num box assinado pelo correspondente Idenilson Perin. Fala da experiência de Valter Patriarca, Juarez Regia, João Batista Siqueira (conhecido como “Foguinho”, falecido em 2008) e Euclides Rocha Loures, todos da equipe de reportagem da então TV Cultura, na época (Hoje, RPC). Eis parte da matéria.
"Data: 22 de maio de 1986. Local: Maringá, cidade de 250 mil habitantes, Noroeste do Estado do Paraná. Personagens: um motorista, um operador de videocassete, um cinegrafista e um repórter.
Era uma noite quente de verão. Valter Patriarca, Juarez Regla, João Batista Siqueira e Euclides Rocha Loures já haviam trabalhado durante o dia na Televisão Cultura de Maringá, Rede Globo. Mas teriam que fazer hora extra. Tinham sido escalados para cobrir uma palestra, no Auditório Ney Marques, campus da Universidade Estadual de Maringá.
'Estava louco para terminar o trabalho logo e fazer o que sempre faço numa noite quente: tomar cerveja' — conta João Batista Siqueira, o "Foguinho", que há 12 anos trocou o serviço de redator no extinto jornal Folha do Norte pela função de cinegrafista. 'Já tínhamos terminado tudo e estávamos guardando os equipamentos, preparados para saborear a cerveja, quando a Irene Fonçati (pauteira) nos avisou pelo rádio do carro que um sujeito tinha visto um objeto voador não identificado' — completa.
Meio a contragosto, pensando ser um trote, a equipe se deslocou até a praça do Cogumelo (praça Pio XII), na qual estão instaladas as antenas repetidoras de três emissoras de televisão e onde o informante estaria aguardando. Ali os quatro testemunharam, e mais que isso, registraram, a presença de [...] corpos voadores não identificados.
'Eram três objetos brilhantes, suspensos no ar. Dois estavam na direção da região Noroeste e outro no sentido Oeste. Eles emitiam fachos de luz nas cores azul, amarelo, vermelho, prato e verde — como se estivessem piscando. E faziam um movimento triangular, se distanciando cada vez mais' — lembra Siqueira.
Quando se certificaram que algo anormal estava acontecendo, os quatro homens de televisão puseram-se imediatamente ao trabalho. Não havia tripé — onde o cinegrafista apoia a câmera para não fazer imagens tremidas. 'O Juarez me ajudou a instalar a câmera em cima da camioneta do informante. Aliás, trabalhou tanto que parecia estar mais preocupado com as imagens do que eu' – recorda Siqueira que preencheu uma hora de gravação com o movimento dos estranhos objetos. [...]
O que a equipe filmou tornou-se a maior notícia nacional que Maringá levou ao ar. As imagens foram transmitidas pelo Jornal da Globo, no mesmo dia, pelos jornais Hoje e Nacional, do dia seguinte, e, ainda, pelo Fantástico. no domingo. [...]
Tão logo as imagens se tomaram notícia nacional, João Batista Siqueira não teve mais sossego. Deu entrevistas para uma rádio de Bauru. São Paulo, que mantinha um programa sobre ufologia, para o jornal O Globo, para a Folha de Londrina, para Estado do Paraná, para o Diário e para O Jornal, além de uma revista especializada de Campo Grande. [...]"
Fontes: Folha de Londrina de 23 de março de 1988, por Rosely Valério e Idenilson Perin / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.
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