1962
Em 17 de novembro de 1962, o impresso O Jornal de Maringá veiculou matéria com o seguinte título: "Penúria e miséria num casebre da Vila Operária". Com fotos de Mozart Zimmermann, o texto de M. R. Ramalho detalhou que na rua Marcílio Dias morava uma família em estado de extrema pobreza. A informação chegou até a redação por meio de um telefonema de uma senhora que residia nas proximidades.
Ao chegar no local, descobriu-se que havia vários casebres em situação similar, dando o aspecto de formação de uma favela. Mas, de fato, o pior deles era o informado, do qual estava prestes a ruir. "O quadro era constrangedor e comovente, vários casebres infectos e imundos davam um aspecto de favela e de pobreza (...)", escreveu Ramalho.
No que estava em pior estado, o chefe de família, José Ferreira Gonçalves, estava deitado, com grande fraqueza, parecendo estar em estado de inanição. Com três filhos, entre 3 e 5 anos, sua esposa era a responsável por cuidar da família. Infelizmente, a matéria não citou o nome da senhora, a pessoa mais importante naquele contexto.
"O que mais comove diante destino tão cruel é a limpeza interior das peças de cozinha, dos trapos, das mesinhas, de duas cadeiras, das roupas de cama, onde está deitado seu esposo, que magro, quase sem poder falar, conta para o repórter que já foi posseiro, operário de uma serraria, e que ainda espera ficar bom, pois tem três filhinhos todos pequenos para tratar. Espera que alguma alma caridosa vá em seu socorro. (...) Este casebre poderá ir ao chão a qualquer momento (...)", alertou o repórter.
Fontes: O Jornal de Maringá de 17 de novembro de 1985 / Fotos de Mozart Zimmermann / Gerência de Patrimônio Histórico / Acervo Maringá Histórica.
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