Com texto de Marco Antonio Deprá.

Um dos primeiros moradores dos conjuntos habitacionais da Vila Morangueira foi o Sr. Euclides dos Santos Leite, que chegou a Maringá em 1950. Carpinteiro de profissão, trabalhou na Sanbra e na empresa Irmãos Fuganti. Euclides, a esposa e os nove filhos foram morar na pequena casa popular nº 6, na atual travessa Aracajú, nº 162.

Um fato curioso ocorreu quando a família se mudou para o conjunto habitacional em 1969. A família chegou com a mudança para tomar posse da casa nº 6 na então travessa Pedestre, na Quadra 30. Chegaram, limparam a casa, lixaram os tacos do piso. Um trabalhão. Quando já estava tudo em ordem, chega o Sr. Joel, o verdadeiro proprietário do imóvel. Ele explicou que aquela era a casa nº 6 da quadra 29 e não a casa nº 6 da quadra 30, como o Sr. Euclides imaginava. É que naquela travessa, a exemplo do que ocorria nas outras travessas do bairro, a numeração das casas se repetia. O que mudava era apenas o número da quadra. Então ficou tudo esclarecido. Assim, a família do Sr. Euclides teve que sair da casa do Sr. Joel e se mudar para a outra residência, a correta, sem fazer a limpeza do imóvel, pois a noite já tinha chegado e não havia mais tempo para realizar o trabalho. As famílias do Sr. Euclides e do Sr. Joel se tornaram amigas.

Segundo o Jair, filho do Sr. Euclides, a travessa Aracajú tinha um desnível. Quando chovia, parte da rua ficava alagada. Quando foi feito o asfalto, a prefeitura nivelou o terreno. Por isso, algumas casas daquela travessa ficaram cerca de um metro abaixo do nível da rua.

A família do Sr. Euclides residiu na casa nº 6 da Quadra 30 até 1992. Este personagem, por sua vez, faleceu em 2009.

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