Miguel de Oliveira era popularmente conhecido como "Miguelzinho". Tornou-se um temido policial civil, corporação que atuou por 29 anos até que foi eleito como vereador de Maringá pelo PDT, em 1996, com 1.484 votos. Três anos depois migraria para o PMDB.
Nascido em Catuni, em Minas Gerais, Miguelzinho se mudou para Maringá em 1983. Na cidade, acabou ganhando a fama de policial "linha dura" e não negava quando era acusado de "matador de bandidos". Usava um característico cavanhaque ou bigode e, quase sempre, estava de óculos escuros.
Em 1992, Miguelzinho liderou a perseguição que resultou na morte de quatro contraventores no pátio do então Hotel Berlin, no centro da cidade. Policiais chegaram na agência do Bamerindus, no "Maringá Velho", no momento que os assaltantes partiam em fuga. Após a perseguição, os bandidos acabaram mortos no local onde estavam hospedados.
Com sua fama e popularidade, acabou disputando uma cadeira na Câmara Municipal de Maringá em 1996, quando usou como símbolo de campanha uma "estrela de xerife". Dois anos depois, concorreu para Deputado Estadual. Obtendo 5.894 votos, acabou não sendo eleito.
Em 2000, Miguelzinho disputaria a reeleição para vereador, mas acabou falecendo antes, aos 50 anos, em 7 de abril. 15 dias antes havia descoberto um câncer no esôfago e estava em tratamento na capital do Estado, no Hospital Erasto Gaertner. O translado do corpo foi feito pelo avião particular do então prefeito Jairo Gianoto, sendo recebido no aeroporto por autoridades, familiares e admiradores.
Miguelzinho deixou sua esposa, Elisete da Silva Oliveira, e duas filhas.
Fonte: Acervo Maringá Histórica / Contribuição de Eliane Gomes / Folha de Londrina.