Lançado pela UDN, Waldemar Gomes da Cunha, ou Waldemar "Barbudo", como era popularmente conhecido, teve sua campanha patrocinada pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP), que mantinha interesse na gestão administrativa do recém fundado Município de Maringá.
O candidato da UDN, que perdeu para
Inocente Villanova Jr. do PTB, era proprietário de uma grande empresa de cerâmica, fazendas em Mandaguari e Nova Esperança, e também corretor de terras da CMNP. Consta em uma publicação de A Pioneira, de setembro/outubro de 1952, uma sucinta biografia de Gomes da Cunha:
Conhecedor profundo dos problemas da região, pois vive no Norte do Paraná desde 1930, está perfeitamente capacitado a desempenhar com eficiência o cargo. Tendo vindo de Jacarezinho naquele ano, para a Fazenda Nova Louzane, de seu pai, Sr. Mário Gomes da Cunha, mudou-se em 1936 para Rolândia, a fim de trabalhar na então Cia. de Terras, na demonstração de lotes aos compradores. Depois foi corretor dessa empresa, na mesma zona. Quando a Cia. de Terras abriu seu escritório em Mandaguari, em maio de 1937, transferiu-se para lá. Mandaguari possuía, então, somente o escritório e o hotel. Sempre dedicado à Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, foi com esta para Maringá, em 1951, no mesmo posto de correto.
Vale destacar que tal impresso era fortemente financiado pelos anúncios da CMNP, logo, justificando tamanho destaque ao Waldemar Gomes da Cunha em pleno período eleitoral.
Waldemar Gomes da Cunha junto dos correligionários na sede do diretório da UDN, em Maringá.
Waldemar "Barbudo" junto das pedras destinadas para o calçamento das vias de Maringá. Ao fundo, nota-se um muro com sua propaganda eleitoral.
Fonte: Revista A Pioneira - setembro/outubro de 1952 / Acervo Deusdete Pereira de Souza / Acervo Maringá Histórica.