Maringá

Edifício Maria Tereza: a mídia do conforto

1961

Apesar de não ter sido o primeiro aranha-céu de Maringá, o Edifício Maria Tereza marcou o avanço da verticalização na cidade.

Considerado o maior edifício até o início da década de 1970, o Maria Tereza teve seu alvará de construção liberado em 1961. Com 15 andares, 91 unidades habitacionais e localizado na Avenida Getúlio Vargas, sua obra foi executada pela Construtora Cruzeiro do Sul e sua comercialização ficou a cargo da Imobiliária Rotec, de Londrina.

Em meados de 1963, a construção foi paralisada. Momento em que o empresário Hélio Moreira adquiriu o empreendimento e conseguiu finalizá-lo.

Naquela década mais de uma dezena de prédios como este tiveram expedidos seus alvarás pela Prefeitura. O Edifício Três Marias, também de Hélio Moreira, teve a documentação aprovada em 1962; o Cine Teatro Plaza; o Edifício Rosa; além do Edifício Hermann Lundgren, de propriedade das Casas Pernambucanas; são alguns dos exemplos. Na década anterior, o maior prédio da cidade já estava em pleno funcionamento, o então Edifício Lavoura, atual Edifício Maringá, localizado na Avenida Brasil esquina com a Duque de Caxias.

Dentre todos estes citados, o Maria Tereza ainda é o de maior destaque. Ponto de movimentação da elite local, uma das melhores vistas urbanas, ainda está situado no centro econômico e cívico do Município.

Por conta disso, este prédio, estritamente residencial, foi local de desejo de muitos dos antigos habitantes da cidade. Durante décadas, os anúncios transmitiam o conceito de luxo e conforto em um apartamento espaço e bem localizado. Esse conceito, sem dúvidas, é o ponto de importância histórica deste empreendimento e é onde devemos dedicar nossa reflexão.

Como vender um imóvel sem quintal e varanda em uma cidade que acaba de se formar e com vários loteamentos ainda a serem explorados? Assim como hoje, as pessoas podem optar pela localização. Não foi diferente naquele período, que foi alavancado pela conclusão da obra mais emblemática da cidade e que passou a preencher as janelas dos habitantes do Maria Teresa: a Catedral.

O retorno desse empreendimento não foi rápido. O investimento em mídia teve que ser substancial para resultar na concepção da ideia de que a qualidade de vida e o bem-estar também se encontravam nos apartamentos. Dizia assim um dos títulos dos anúncios de 1967: “Não espere mais pelo conforto... Em Maringá, importante é morar no Maria Tereza”.

Fonte: O Jornal de Maringá - 1967 (várias edições) / Acervo JC Cecílio - MPB / Acervo Maringá Histórica.

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