A fotografia capturada em 1937 é de um autor desconhecido. Tirada do alto da Igreja Matriz, uma singela construção de madeira que ocupava o local onde hoje está a Catedral Metropolitana, a imagem revela a paisagem urbana ainda incipiente, com ruas largas e poucas edificações. Uma imagem que contrasta com o cenário atual. Ao centro, a então alameda Manoel Ribas – nome dado em homenagem ao interventor do Paraná à época – corta esse trecho da cidade em meio a terrenos amplos e edificações esparsas. No canto esquerdo inferior, hoje, as árvores dão lugar a uma agência da Caixa Econômica Federal. Poucos metros à frente, mas do mesmo lado, encontram-se pontos de referência modernos, como uma agência do Sicoob e, na esquina adiante, atravessando a rua Minas Gerais, está o Bradesco.

A mesma projeção pode ser feita para o outro lado da fotografia. Na extremidade direita da imagem, fora do quadro, anos depois ergueu-se o prédio do antigo Fórum, que atualmente abriga a Biblioteca Pública Municipal. A extremidade da mesma quadra hoje abriga o Centro de Saúde. Ao fundo, na esquina das ruas Santa Catarina e Minas Gerais, foi lugar da Casa Fuganti - hoje, o espaço dá lugar ao Complexo Empresarial Oscar Fuganti.

A alameda que corta a fotografia presta homenagem a Manoel Ribas, figura determinante para o desenvolvimento do Paraná. Nomeado interventor por Getúlio Vargas em 1932, administrou o estado por 13 anos, consolidando políticas de infraestrutura, educação e saneamento. Sua influência estendeu-se até 1945, quando Vargas foi deposto, encerrando um dos ciclos políticos mais marcantes do Brasil. Manoel Ribas faleceu no ano seguinte.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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