A fotografia capturada durante os anos dourados da cafeicultura em Londrina retrata um cotidiano essencial para a economia e a identidade cultural da cidade. A imagem mostra trabalhadores na lavoura de café, empenhados na manutenção dos cafezais, com mulheres e crianças participando da cena, evidenciando a forte ligação entre a produção cafeeira e a estrutura familiar nas fazendas da época.

Entre as décadas de 1940 e 1960, Londrina consolidou-se como a "Capital Mundial do Café", título justificado pela quantidade e qualidade dos grãos produzidos. A região do Norte do Paraná oferecia condições ideais para a cultura do café: solos férteis, clima favorável e uma mão de obra formada por imigrantes de diversas partes do Brasil e do mundo. O café tornou-se o motor do desenvolvimento urbano e social, atraindo investimentos e infraestrutura.

A chegada da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP) nos anos 1930 foi determinante para transformar Londrina em um grande polo agrícola. A CTNP facilitou a ocupação das terras e estimulou o plantio do café, que logo se tornou o principal produto da região. O rápido crescimento econômico trouxe bancos, indústrias e comércio, fazendo da cidade um centro de oportunidades.

A cena registrada na foto remete a um período em que a colheita do café era um evento comunitário, envolvendo famílias inteiras. O trabalho árduo dos colonos era recompensado pela prosperidade da lavoura, que sustentava a economia local e projetava Londrina no cenário internacional. O legado dessa época ainda pode ser visto na arquitetura da cidade, na cultura dos imigrantes e até no paladar dos londrinenses, que mantêm o café como parte fundamental do dia a dia.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Coutinho, Humberto Puiggari. Londrina: 25 anos de sua história. Londrina: Folha de Londrina, 1959. / Acervo Londrina Histórica.

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