No final da década de 1930, Londrina estava apenas começando a se consolidar como uma cidade próspera no interior do Paraná. Em um período marcado pelo avanço agrícola e pelo crescimento populacional, a necessidade de energia elétrica tornou-se imperativa para sustentar o desenvolvimento urbano e econômico. Foi nesse contexto que, em 1936, durante a gestão do prefeito Willie Davids, a concessão para o fornecimento de energia elétrica foi obtida pelos empresários Gastão de Mesquita Filho e Rolando Davis, ligados à Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP). Com isso, nasceu a Empresa Elétrica de Londrina Sociedade Anônima (EELSA).

A EELSA foi responsável pelo planejamento e construção de usinas que garantiram energia à jovem Londrina. A primeira delas, a Usina Cambezinho, foi inaugurada em 8 de fevereiro de 1939, no ribeirão Cambé, onde hoje está o parque Arthur Thomas. Com capacidade de geração de 200 kW, a usina era suficiente para abastecer uma cidade com cerca de seis mil habitantes. Na época, o empreendimento representava um marco de modernidade.

O sucesso da Cambezinho levou à construção de outras duas usinas: a de Três Bocas, inaugurada na década de 1940, com capacidade para atender até 15 mil habitantes, e a usina do rio Apucaraninha, um projeto mais robusto que entrou em operação na década de 1950. Essas obras ajudaram a posicionar Londrina como uma das cidades mais desenvolvidas do interior do Paraná.

Em 10 de outubro de 1967, a usina Cambezinho foi desativada e, dois anos depois, seus equipamentos foram removidos. O terreno foi parcialmente doado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná à Prefeitura para a criação de um parque natural, o parque Arthur Thomas.

Fontes: Prefeitura do Município de Londrina / Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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