A história de Londrina não seria a mesma sem os esforços visionários de Salim Sahão. Entre suas contribuições mais significativas está a Máquina de Café Santa Maria, construída em 1937 na rua Paraíba, contribuindo para o desenvolvimento inicial da cidade e do Norte do Paraná. Naquele período, aquele ponto de comércio simbolizava a estratégia e o empreendedorismo necessários para transformar Londrina em um polo agrícola e comercial.

O conjunto de três armazéns geminados (foto), concluído por Salim em 1943, tornou-se um marco arquitetônico e econômico. Localizados estrategicamente na quadra delimitada pelas ruas Paraíba e Maragogipe, Travessa Belo Horizonte e avenida Dom Geraldo Fernandes (atual Leste-Oeste), esses edifícios não estavam ali por acaso. No livro Memórias Fotográficas, Paulo Boni e Rosana Reineri Unfried citam os estudos de Isabela Cruciol e Juliana Harumi Suzuki, destacando que a localização próxima à ferrovia era parte de uma estratégia para facilitar a carga e descarga de produtos. Braços das linhas férreas chegavam até as proximidades dos armazéns, otimizando o escoamento de mercadorias.

Esses barracões, sólidos e modernos para a época, permitiram a Salim consolidar um entreposto de compra e venda de cereais. Foi nesse cenário que Londrina começou a se firmar como uma potência agrícola, alicerçada por iniciativas como a de Sahão.

Do outro lado da rua, outro barracão construído por ele, onde hoje está o Empório Guimarães, reforçava o compromisso de Salim com o progresso. Esse local se somava à sua visão de transformar Londrina em um centro de referência econômica.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Acervo Londrina Histórica.

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