Londrina

Pharmacia Maria Izabel

1939

Fundada em 19 de junho de 1939, a Pharmacia Maria Izabel tornou-se um ícone na história de Londrina. De propriedade dos pioneiros Orestes Medeiros Pullin, catarinense, e José Schietti, paulista, a farmácia situava-se na avenida Paraná, onde hoje funcionam grandes redes de varejo. A razão social da empresa, Pullin & Schietti, refletia uma prática comum da época, enquanto o nome fantasia homenageava Maria Izabel, filha de Pullin.

A farmácia era um ponto de compra de medicamentos e, graças à sua seriedade e excelência no atendimento, a Maria Izabel consolidou-se como a principal referência farmacêutica da cidade por várias décadas. Em 1940, o estabelecimento ganhou um prédio próprio, voltado para a praça Marechal Floriano Peixoto.

Além do espírito empreendedor, Pullin e Schietti também demonstraram grande generosidade ao incluir seis dos empregados mais antigos como sócios da empresa. Contudo, a sociedade não prosperou por muito tempo, devido à dificuldade de sustentar tantas famílias com a renda gerada pelo negócio de varejo.

Na década de 1960, após o falecimento de Pullin em 1966, Schietti iniciou uma transformação nos porões da farmácia. Em 1969, lançou uma distribuidora de medicamentos no atacado, batizada como Equipe – Distribuidora de Medicamentos, Comércio e Representações Ltda. Enquanto o novo negócio florescia, a farmácia enfrentava dificuldades crescentes diante da intensificação da concorrência. Em 1982, a Maria Izabel fechou suas portas, encerrando uma trajetória de 43 anos.

A distribuidora, por sua vez, tornou-se um símbolo de inovação e referência na região, operando até o final da década de 1990. Seu imóvel, localizado próximo ao Catuaí Shopping Center, foi posteriormente repassado ao Governo do Paraná e, mais tarde, à Universidade Estadual de Londrina, perpetuando parte do legado construído pelos visionários Pullin e Schietti.

Fontes: Boni, Paulo César; UNFRIED, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Schwartz, Widson. Poder emergente no sertão. Londrina: Eduel, 1997. / Acervo Londrina Histórica.