Em um mundo em constante transformação, onde o efêmero muitas vezes sobrepõe-se ao duradouro, a preservação do patrimônio cultural torna-se uma missão essencial. Em Londrina, essa necessidade também é sentida com intensidade quando se trata do legado cinematográfico construído ao longo de quase um século.

Os filmes de Hikoma Udihara(foto), Orlando Vicentini, Vicente Lorenzo e tantos outros não são meros registros visuais; são fragmentos de história, capturas de um tempo e de uma sociedade em evolução. A perda ou deterioração desses materiais significa um empobrecimento irreparável da memória coletiva.

Felizmente, iniciativas têm sido empreendidas para resgatar e conservar esse acervo. Projetos como o "LondrinaCinema70", coordenado por Caio Julio Cesaro e viabilizado pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC), e os esforços realizados pela Kinoarte em digitalizar e disponibilizar obras antigas, são exemplos de comprometimento com o passado e com as futuras gerações.

A preservação, contudo, não é tarefa simples. Envolve recursos técnicos, financeiros e, sobretudo, vontade política. Requer a sensibilização da comunidade e das autoridades sobre a importância desses materiais não apenas como arte, mas como identidade cultural.

A história do cinema em Londrina é rica e multifacetada. Cada filme preservado é uma janela para a melhor compreensão de quem fomos e de como chegamos até aqui. É um legado que transcende gerações e que merece ser cuidado com dedicação.

Fontes: Cesaro, Caio Julio. "Memória: Produção Cinematográfica em Londrina" (1995) / Arquivos da Kinoarte e Mostra Londrina de Cinema / Artigos da Revista Taturana (2009) / Acervo Londrina Histórica.

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