Em 28 de julho de 1935, o apito do trem foi ouvido pela primeira vez em Londrina, anunciando a inauguração da estação ferroviária e conectando a jovem cidade ao restante do país. A chegada da ferrovia, pela Estrada de Ferro São Paulo-Paraná (EFSP-PR), representou um marco no desenvolvimento econômico e social da região.

A construção da ponte ferroviária sobre o rio Tibagi foi fundamental para a conclusão da linha férrea até Londrina. Essa obra de engenharia, com 395 metros de comprimento, permitiu superar obstáculos geográficos significativos, integrando Londrina às rotas comerciais e facilitando o escoamento da produção agrícola, especialmente do café, principal produto da região.

A estação ferroviária tornou-se rapidamente um centro de movimentação e crescimento. Mercadorias chegavam e partiam, pessoas circulavam, e a cidade experimentava um fluxo constante de novos moradores e visitantes. A ferrovia impulsionou a economia local, atraindo investimentos e estimulando a urbanização.

A arquitetura da estação refletia a funcionalidade e o pragmatismo da época, com estruturas em madeira e alvenaria que atendiam às necessidades operacionais. O prédio original serviu à comunidade por cerca de 15 anos, sendo testemunha de momentos históricos e das transformações pelas quais Londrina passou.

Além do aspecto econômico, a ferrovia teve um impacto cultural e social significativo. Ela trouxe influências de outras regiões, diversificando a população e contribuindo para a riqueza cultural da cidade. A estação era palco de encontros, despedidas e reencontros, carregando histórias e emoções de gerações.

Fontes: Acervo Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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