1935
Em meio ao clima de modernização que tomava conta do Brasil nos anos 1930, um acontecimento marcou a história do desenvolvimento do Norte do Paraná. A inauguração da ponte ferroviária sobre o rio Tibagi, em 28 de julho de 1935, representou muito mais que uma simples obra de engenharia – simbolizou a consolidação de um sonho que começou décadas antes, com a visão pioneira do Major Antonio Barbosa Ferraz.
O evento, que se estendeu por três dias de celebrações, reuniu uma notável convergência de autoridades brasileiras e representantes diplomáticos internacionais. Um comboio especial partiu da estação Sorocabana, em São Paulo, transportando os cônsules do Japão, França, Hungria e Inglaterra, além de diretores da Companhia São Paulo-Paraná. A presença dessas autoridades internacionais refletia o interesse global no desenvolvimento da região.
O interventor do Paraná, Manoel Ribas, juntamente com sua comitiva, incorporou-se à celebração na estação de Santo Antônio. Em Jataí, atual Jataizinho, os diretores da Companhia de Terras, incluindo Willie da Fonseca Brabazon Davids e George Graig Smith, organizaram uma recepção calorosa que ficou registrada nas páginas do jornal "Paraná Norte".
A construção da ponte representou um marco decisivo para o desenvolvimento regional, concretizando um projeto que remontava a 1911, quando o Major Barbosa Ferraz primeiro vislumbrou a necessidade de uma linha férrea cortando o Norte do Paraná. Esta obra, além de facilitar o escoamento da produção agrícola, principalmente do café, também acelerou o processo de colonização da região.
O redator do jornal Humberto Puiggari Coutinho capturou o espírito da transformação em seu editorial poético, contrastando o passado de trilhas na mata com o presente marcado pelo silvo das locomotivas. A ponte sobre o Tibagi tornou-se símbolo da modernização e do progresso, conectando tanto as margens de um rio, quanto às diferentes épocas da história paranaense.
Fontes: Acervo Folha de Londrina / Acervo Paraná-Norte / Acervo Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
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