Londrina

Hotel Paulista: histórias de um sobrado icônico

1930


O Hotel Paulista, um dos primeiros hotéis da cidade, funcionou por cerca de uma década, a partir de meados dos anos 1930, em um sobrado de alvenaria localizado na rua Minas Gerais, número 684, entre as ruas Sergipe e Maranhão. Ele representou a expansão e o progresso dos negócios de Carolina e Pedro Marinho Arquelão, que então administravam a Pensão Paulista, instalada em um casarão de madeira ao lado do prédio do futuro hotel.

O alfaiate Lupércio Luppi decidiu construir o primeiro sobrado de alvenaria ao lado da Pensão Paulista, mas Carolina criticou a sujeira e o barulho, declarando que o tamanho da obra era um "desnecessário absurdo". Porém, dois anos depois, ela e o marido dariam início à construção do sobrado ainda maior que abrigaria o hotel. Essa história foi narrada por Alberto João Zortéa, em seu livro "Londrina através dos tempos e crônicas da vida". 

A pensão continuou funcionando por um tempo, depois da inauguração do hotel. A região era conhecida pelo grande número de hotéis e pensões nas primeiras décadas da cidade. Esses estabelecimentos acolhiam os muitos recém-chegados que desembarcavam nas estações ferroviária e rodoviária em busca de oportunidades. O Hotel Paulista se destacou pela qualidade de suas acomodações e pela comida farta e saborosa servida em sua cozinha, o que o tornava um ponto de referência entre os viajantes e moradores temporários de Londrina.

Em 1938 ou 1939, um hóspede do Hotel Paulista, conhecido como "Camisa Preta", teve um desentendimento na zona do meretrício com o filho do proprietário do Hotel Fonseca, situado nas proximidades. O pai, ao saber do ocorrido, pegou uma arma e foi atrás  "Camisa Preta" no Hotel Paulista. Assim que avistou o homem, sem dizer uma palavra, fez disparos causando-lhe a morte.  O caso foi contado por Widson Schwartz, a partir de relatos de Omeletino Benatto e Carlos Chicorro.

O Hotel Paulista encerrou suas atividades entre 1944 e 1945, e o prédio foi demolido logo em seguida. Com o fechamento do hotel, Carolina e Pedro Marinho Arquelão decidiram deixar Londrina.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Acervo Londrina Histórica.

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