Em 2018, em entrevista ao repórter Walter Telle, publicada no Maringá Post, o historiador João Laércio Lopes Leal trouxe à tona uma afirmação que lança luz sobre a origem de Maringá: "Londrina é a mãe de Maringá". Segundo ele, foi Londrina, sob a liderança da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), que fundou o Patrimônio Maringá, conhecido como Maringá Velho, o embrião da futura cidade. Essa revelação destaca o papel crucial de Londrina no surgimento de Maringá.

Como Maringá era um distrito de Londrina, o primeiro prefeito de Maringá foi Willie Davids, então prefeito do município. Foi sob sua gestão, em 1936, que o engenheiro alemão Ernest Rosemberg foi encarregado de abrir uma picada entre as duas localidades. A trilha de 127 km, que começou onde hoje se encontra a Universidade Estadual de Londrina (UEL), levou dois anos para ser concluída, cortando a densa mata até chegar ao alto da colina da atual avenida Brasil, em Maringá.

Em 1938, o padre alemão Emílio Clemente Scherer, que fugia do regime nazista, chegou ao Brasil. Ele foi  o primeiro a comprar terras na região de Maringá, adquirindo o lote 1/A na sede da CTNP, em Londrina, mostrada na fotografia. Scherer construiu a fazenda São Bonifácio e, em 1940, ergueu a primeira capela da área. Com a chegada de outros pioneiros, que começaram a desbravar e cultivar a terra, a empresa colonizadora percebeu a necessidade de criar um pequeno núcleo urbano para atender os colonos.

Assim, a CTNP, por meio do engenheiro Aristides de Souza Mello, projetou as primeiras oito quadras de Maringá, quatro ao norte e quatro ao sul da avenida Brasil, dando origem ao patrimônio Maringá, nome emprestado de um ribeirão local. A ideia era fornecer aos desbravadores um ponto de apoio onde pudessem comprar suprimentos e comercializar o excedente de suas produções.

Fontes: Maringá Post / Acervo Londrina Histórica.

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