Londrina

Francisco de Almeida Lopes – parte 2

1960

Se Francisco de Almeida Lopes dominou a arte da fotografia preto e branco com maestria, foi na experimentação com cores que ele encontrou novas formas de expressão. A partir dos anos 1950, Francisco começou a explorar o mundo dos slides coloridos e, mais tarde, a fotografia em cores, levando sua arte a novos patamares.

A transição para a fotografia colorida não foi apenas uma mudança técnica para Chiquinho, mas uma evolução em sua forma de ver e capturar o mundo. Para ele, as cores podiam adicionar uma camada extra de emoção e realismo às suas imagens, trazendo à vida as vibrantes paisagens urbanas e naturais que tanto amava.

Gostava muito de ler sobre ficção científica, cinema e fotografia. Assinava uma revista mensal sobre fotografia por meio da qual pode aperfeiçoar a sua arte. Chiquinho era um verdadeiro artesão da imagem. Um dos aspectos mais fascinantes de seu trabalho foi a prática de colorir manualmente fotografias em preto e branco. Esse processo, que exigia paciência e um olhar atento para detalhes, transformava simples retratos em obras de arte vivas. O cuidado com que ele aplicava as cores mostrava seu profundo respeito pela arte da fotografia e sua dedicação em preservar a beleza das pessoas e dos lugares que registrava.

Além de Londrina, como mostra a foto tirada no começo da década 1960, mostrando a movimentação na avenida Rio de Janeiro, esquina com a rua Sergipe, Chiquinho deixou sua marca em várias outras cidades. São Paulo, onde ele morou após a aposentadoria, a partir de 1963, se tornou um dos cenários mais frequentes de suas incursões fotográficas. Como um fotógrafo-repórter amador, ele caminhava pelas ruas da capital paulista, capturando paisagens e eventos, com o mesmo olhar atento e apaixonado que havia aplicado em Ourinhos e Londrina.

Fontes: Francisco de Almeida Lopes - álbum de fotos, disponível em https://almeidalopes.blogspot.com/2009/06/londrina-no-inicio-dos-anos-1960.html / Acervo Londrina Histórica.