Londrina

O palmito jussara

1930


Quando as primeiras pessoas chegaram ao local onde hoje se ergue Londrina, encontraram-se em meio a uma exuberante e densa mata atlântica. Entre as gigantes figueiras, perobas, guapuruvus e pau d’alhos, uma árvore em particular chamou a atenção dos pioneiros: o palmito jussara (Euterpe edulis). Parte da flora exuberante que revestia a terra vermelha do Norte do Paraná, essa espécie rapidamente se tornou uma peça-chave para a sobrevivência dos primeiros colonos.

Nos primeiros tempos da cidade, esse palmito se tornou uma fonte crucial de alimento. Aquelas pessoas, ainda em fase de adaptação ao novo ambiente, encontraram nesse palmito, extraído da parte interna do caule, um complemento nutritivo que ajudou a sustentá-las para enfrentar as dificuldades de viver em uma região ainda sem infraestrutura e com poucos gêneros de primeira necessidade.

Além de ser uma fonte vital de alimento, o palmito jussara também é reconhecido por ser o mais saboroso dos tipos de palmito. Sua textura macia e sabor delicado conquistaram os paladares dos primeiros habitantes e continuaram a ser apreciados ao longo dos anos.

A presença abundante do palmito jussara fez com que ele se tornasse um símbolo da resiliência dos colonos e da riqueza natural que os cercava. No entanto, essa abundância trouxe consigo um risco: a exploração desenfreada. À medida que Londrina crescia, o palmito jussara passou a ser intensamente colhido, não apenas para consumo local, mas também para comercialização.

A Londrina moderna, que cresceu sobre as terras desbravadas por pioneiros, carrega em sua história a lembrança de uma época em que a natureza era ao mesmo tempo um desafio e uma fonte essencial de sustento. A história do palmito jussara permanece como um lembrete do valor dos recursos naturais.

Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Foto: José Juliani / Acervo Londrina Histórica.

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