A história da saúde em Londrina começa como parte da estrutura da Companhia de Terras Norte do Paraná no processo de colonização da região. Desde a fundação da cidade, os colonizadores construíram um hospital e contrataram médicos. Esse diferencial foi um importante elemento utilizado nas propagandas. 

Em 1934, três médicos já estavam instalados na cidade, sendo que dois trabalhavam no Hospital da Companhia e o terceiro era o Delegado de Higiene, que cuidava dos problemas sanitários e da saúde pública.

Em apenas dez anos, a população de Londrina passou a 52.000 habitantes, demandando um constante aumento de novas instituições hospitalares e de corpo clínico. No início dos anos 1940, mais de dez médicos estavam atuando na cidade e, no começo dos anos de 1950, 55 profissionais da saúde já estavam instalados.

O "Hospitalzinho do Dr. Jonas", como era conhecida a Clínica Médico-Cirúrgica, foi criado em 1937, pelo médico Jonas de Faria Castro. Ficava nos fundos das Casas Pernambucanas. No mesmo hospital, mas no ano seguinte, o farmacêutico-bioquímico Arnaldo Pereira B. Manga montou o primeiro laboratório de análises clínicas de Londrina. Ainda em 1937, na rua Sergipe, a cidade ganhou a Clínica Médico-Cirúrgica e de Partos, do Dr. Ernesto Cavalcanti. Nesta clínica, em 1938, foi instalado pelo médico Caio de Moura Rangel o primeiro serviço de Radiologia da cidade (Raio X).

A estrutura de saúde crescia, mas também os desafios e a proliferação de doenças aumentavam. Em 1936, uma forte epidemia da Febre Amarela permanecia latente, mesmo com a intervenção da Fundação Rockfeller, que colocou a doença sob controle. Os mais afetados eram os trabalhadores das frentes de desmatamentos, que não possuíam recursos para o custeio dos atendimentos médicos. Estava instaurada uma crise de saúde. A sociedade londrinense reagiu, organizou-se e planejou a construção de um grande hospital, a Santa Casa. No entanto, a crise tinha urgência de solução. Assim, Gabriel Martins, que acabara de assumir o cargo de Delegado de Higiene, organizou um hospital de emergência, chamado de "Hospitalzinho dos Indigentes", localizado próximo ao Hospital da Companhia, na rua que hoje é a Mato Grosso.

Em 1940, com a construção da Casa de Saúde Santa Cecília, na rua Belo Horizonte, mudou o eixo de localização dos hospitais em Londrina. Considerado modelo para a época, o hospital foi criado por Angelo Decânio. Nos próximos anos seria inaugurada a Casa de Saúde e Maternidade Rocha Loures, na esquina da rua Mato Grosso com a rua Cambará, por quatro médicos da família Rocha Loures. Em 1953, com a mudança dos proprietários, este hospital passou a se chamar Hospital São Leopoldo. A Santa Casa de Londrina foi construída entre 1940 e 1944, ano em que foi inaugurada no dia 7 de setembro.

Fontes: Acervo Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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