1931
Em 1930, a inauguração da balsa sobre o rio Tibagi marcou um ponto crucial no desenvolvimento de Londrina. Este momento histórico facilitou o acesso ao Norte do Paraná e impulsionou a colonização e o desenvolvimento urbano da área, começando com a construção do hotel Campestre, que serviu como um dos primeiros pontos de apoio para os novos colonizadores.
Provisoriamente, Kurt Jakowatz tomou conta do hotel. Depois, o casal Frieda Spenner Rohde e Alberto Fleuringer, foram contratados para assumirem a gerência do estabelecimento. Este hotel e um depósito de madeiras, ambos erguidos pela Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP) são consideradas as primeiras construções marcantes de Londrina. Naquela época, a paisagem era pontilhada por apenas alguns ranchos rudimentares feitos de palmito, que sua quantidade podia ser contada nos dedos de uma mão.
Situado onde hoje é a rua Santa Terezinha, no trecho entre as ruas Cambuí e Damasco, próximo ao shopping Boulevard, o hotel era um estrutura para descanso e também um pilar central na estratégia da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP) para atrair investidores e compradores de terras. Por meio de corretores de terras que viajavam até estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a CTNP divulgava as riquezas do solo do Paraná, usando, por exemplo, imagens de árvores gigantescas como prova da fertilidade da terra.
O hotel e a balsa não eram feitos isolados, mas parte de uma visão estratégica que incluía a instalação de infraestruturas essenciais para sustentar o crescimento da cidade. O Hotel Campestre, construído antes mesmo da maioria das habitações, foi projetado para ser um símbolo de hospitalidade e de um futuro promissor para os colonos e visitantes.
Erwin Fröhlich, um dos pioneiros da região, registrou em seu diário a significância deste empreendimento, descrevendo a inauguração da balsa e da estrada para automóveis como um "marco avançado da civilização". Este sentimento era compartilhado por muitos que viam na modernização do acesso a Londrina uma nova era de possibilidades.
Fontes: Memórias fotográficas: a fotografia e fragmentos da história de Londrina. Paulo César Boni, Rosana Reineri Unfried e Omeletino Benatto. Midiograf, 2013. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
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