Londrina

Aterro do Lago Igapó na década de 1940

1940

A imagem capturada na década de 1940, e que faz parte das memórias da família Mizubuti, retrata um momento histórico de Londrina, quando o Lago Igapó ainda não era o cartão-postal que conhecemos hoje. Naquela época, o local abrigava uma olaria pertencente à família Mizubuti, e a paisagem era marcada por diversos lagos formados após uma série de fortes chuvas que atingiam a região.

A fotografia mostra membros da família Mizubuti pescando em um dos lagos temporários, resultado de uma enchente que transformou a área. Vestidos com trajes da época, homens, mulheres e crianças se reuniam para aproveitar os recursos naturais que as enchentes proporcionavam.

A olaria da família Mizubuti estava localizada próximo à atual avenida Faria Lima, uma área que, na época, também abrigava outras três olarias. Subindo a avenida em direção ao centro da cidade, encontravam-se a olaria dos Tsuzaki, seguida pela dos Ueda e, finalmente, a dos Capelari, localizada nas proximidades do atual jardim Lima Azevedo. Essas olarias desempenhavam um papel fundamental na economia local, fornecendo tijolos e outros materiais de construção que eram essenciais para o crescimento urbano de Londrina.

Naquela época, nos períodos chuvosos, o que era poeira tornava-se lama. Também, quando a chuva vinha em excesso, as enchentes criavam várias lagoas, alterando temporariamente a paisagem e afetando a vida cotidiana dos moradores. A imagem da família Mizubuti pescando ilustra de forma figurativa e nostálgica a capacidade de adaptação das pessoas diante dessas transformações naturais.

A história do Lago Igapó e das famílias que viveram e trabalharam nas suas proximidades é um testemunho da evolução de Londrina. De uma área industrial com olarias e lagoas formadas pelas chuvas, o local se transformou em um dos principais pontos de lazer e turismo da cidade.

Fontes: Tem Londrina / Acervo de foto de Sueli Mizubuti / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.