O Norte do Paraná viu um de seus momentos mais marcantes com a fundação de Maringá, um empreendimento da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP). Originalmente Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), a empresa foi adquirida por Gastão Vidigal, Gastão de Mesquita Filho e outros investidores, mudando seu nome e expandindo suas operações.

A CMNP, com sede em Lovat (atual Mandaguari), planejou a construção de Maringá no meio de uma vasta área de 515.000 alqueires paulistas. A infraestrutura básica já estava em desenvolvimento, com estradas de rodagem conectando a futura cidade, que viria a ser conhecida como Cidade Canção.

Na época, a prefeitura de Londrina, sob a administração do Major Blasi, estendia-se até as margens do rio Paraná, sendo a única na região. Blasi, com empenho e entusiasmo, colaborava estreitamente com Arthur Thomas, um administrador mantido em seu cargo após a compra das terras por investidores brasileiros.

O projeto pioneiro de Maringá incluiu a construção de um hotel, tarefa atribuída a Aristides de Souza Mello. Este hotel seria erguido na futura praça central, localizada no fim da principal estrada que levava à nova cidade. Ao redor, a paisagem era dominada pela mata virgem, e os materiais de construção eram escassos. A madeira, rudimentarmente serrada à mão por empreiteiros portugueses, era a principal matéria-prima disponível.

A primeira obra realizada, um hotel com cobertura de  telhas de madeira, conhecidas como  taboinhas, representou um marco na construção da nova cidade. Esse empreendimento inicial simbolizava a tenacidade e  visão dos colonizadores, que, apesar das adversidades, conseguiram estabelecer as bases para o desenvolvimento urbano de Maringá.

Fontes: Colonização e Desenvolvimento do Norte do Paraná. 50 anos da Companhia de Terras Norte do Paraná. 1975.

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