1965
O Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos (ILITC) foi fundado por um grupo católico em 6 de dezembro de 1965. A instituição civil de caráter assistencial e educacional, sem fins lucrativos, ficou adormecida por cerca de 12 anos, sem atividades e contando com uma instalação mínima e singela localizada no jardim do Sol, em uma propriedade adquirida em 1971.
No ano de 1977, a Loja Maçônica Cavaleiros da Paz, de Londrina, liderada por Carlos Roberto Miranda, assumiu o projeto e colocou o instituto em operação, marcando o início da segunda fase do ILITC ou a sua recriação. Com um profundo sentimento altruísta, Roberto Miranda dedicou 35 anos de sua vida ao instituto, uma obra de amor ao próximo e filantropia. Só a partir de 1979, o ILITC iniciou o atendimento aos deficientes visuais – cegos, pessoas com baixa visão e outras deficiências associadas – visando sua integração na comunidade.
Hoje, o agora chamado Instituto Roberto Miranda, uma homenagem póstuma ao seu fundador e idealizador, que faleceu em 2012, está localizado em uma área própria de aproximadamente 2.400 m², distribuídos em dois prédios, sendo um com 4 andares e outro com 2 andares.
Sua estrutura atual está preparada para receber alunos que, além da deficiência visual , apresentam outras deficiências, conhecidas no meio da saúde como "deficiências associadas", em geral causadas por:
- Dificuldades de mobilidade (atrofia) e/ou locomoção (transporte), muitas vezes devido àdiscriminação a que são submetidos face sua situação;
- Problemas psicológicos relacionados à condição física, sociocultural e econômica (autoestima);
- Problemas decorrentes do nascimento (audição, fala, mental).
Assim, o que era para ser um tipo de "escola", ao longo do tempo demonstrou sua complexidade em relação à saúde, levando o Instituto a criar setores de psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, assistência social, fisioterapia e hidroterapia para seus alunos. Isso transformou o instituto em um centro que vai muito além do atendimento escolar para deficientes visuais, como inicialmente previsto.
Fontes: Instituto Roberto Miranda / Acervo Londrina Histórica.
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