O Centro de Processamento de Dados do Banestado S.A. Informática (Bisa) desempenhou um papel pioneiro na automação bancária brasileira, uma jornada tecnológica e corporativa digna de registro. Com instalações em Cascavel, Londrina, Maringá e Curitiba, o Bisa era uma gigantesca força motriz por trás do funcionamento diário das agências do banco, especialmente durante os anos dourados da instituição.

Na década de 1970, a diretoria de informática do Banestado, através do Bisa, introduziu os terminais de digitação nas agências e departamentos. Este sistema permitia que, ao final do dia, fossem compilados e processados grandes volumes de transações bancárias, incluindo números, valores e tipos de documentos, para posteriormente serem confrontados em complexas e extensas listas de conciliação. Essa tecnologia de ponta para a época representava um avanço significativo, marcando o início da automação bancária no estado e preparando o terreno para futuras inovações no setor financeiro brasileiro.

Além de ser um centro tecnológico, o Bisa também era um local de trabalho para muitos profissionais, incluindo analistas e processadores de sistemas, que mantinham a rede de comunicação informatizada operando de maneira eficiente. Esses centros não apenas facilitavam operações bancárias mais rápidas e seguras, mas também contribuíam para o desenvolvimento regional, oferecendo empregos e promovendo a modernização da infraestrutura.

No entanto, em 1997, o fechamento da Bisa em Londrina, com a centralização de suas operações em Curitiba, marcaram o fim de uma era. Esse movimento refletiu as mudanças no setor bancário, que buscava eficiência através da consolidação. Logo depois, no ano 2000, o Banestado foi leiloado e arrematado pelo Itaú Unibanco. 

Fontes: Museu Bacia do Paraná / Acervo Maringá Histórica / Acervo Londrina Histórica.

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