Londrina

A história familiar por trás do Relojão de Londrina

1963


Em meio ao dinamismo urbano de Londrina, um monumento se destaca pela sua imponência e por uma história de dedicação e manutenção: o Relojão do edifício América. Visível de vários pontos da cidade, este relógio se tornou um ícone local, conhecido por todos e cujo funcionamento é mantido por uma família dedicada há décadas a sua conservação.

Foi em 1963 que o jovem Tetsuo Ueda, partiu do Estado de São Paulo e encontrou o seu destino em Londrina. Aos 26 anos e capaz no ofício, abriu uma relojoaria com o seu irmão. O empreendimento familiar começou na rua Santa Catarina. Em 1969, após desfazer a sociedade com o irmão, Tetsuo abriu uma loja na rua Mato Grosso, e mais tarde na rua Sergipe, endereço onde a relojoaria Relotex permanece no local até hoje.

A cidade cresceu ao redor das lojas Ueda, transformando paralelepípedos em asfalto e elevando prédios por todas as partes de Londrina. Foi em 1972 que, recomendado pela Dimep, empresa que construiu o Relojão do edifício América, Tetsuo começou a fazer a manutenção do equipamento, pois era preciso alguém que soubesse lidar com a máquina daquela marca específica e ele tinha esse domínio. 

Começava ali uma tarefa que se mostraria vitalícia, mesmo diante das diversas mudanças dos proprietários do Relojão. Em termos gerais, as visitas ao topo do edifício para monitorar e proceder os ajustes necessários nas engrenagens respeitam um intervalo mensal. Nestes momentos são feitas a limpeza e a lubrificação das engrenagens. Também, são corrigidas eventuais desregulagens dos ponteiros do relógio – algo relativamente frequente em razão de ventos mais fortes que ocorrem na altura na qual se encontra o equipamento.

Desde o início da pandemia de Covid-19, esta responsabilidade passou para Carlos Ueda, filho de Tetsuo. Carlos, formado farmacêutico, cresceu nas lojas de relojoaria do pai, desenvolvendo um fascínio inevitável pela precisão e complexidade dos relógios, tornando, assim, quase um destino familiar a transição para a manutenção do Relojão do edifício América.

Fontes: Blog Londrinando / Acervo Folha de Lonrina / Acervo Londrina Histórica.

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