Conhecida como a “Igreja do Shangri-lá”, a paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos  foi construída junto ao Seminário Vicente Pallotti, durante o reitorado do padre Carlos Giebel (1947-1953), como parte das iniciativas dos padres palotinos. Na época, estava localizada fora do perímetro urbano da cidade de Londrina, na estrada para Nova Dantzig, atual avenida Tiradentes. No final dos anos 1950, a matriz criou diversas paróquias em Londrina.  Entre elas, em 20 de fevereiro de 1958, criou a paróquia tendo como padroeira Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos e sendo escolhida como sua sede a Igreja do Seminário. O primeiro pároco foi o padre José Roth, palotino de origem alemã. 

Com uma arquitetura singela, porém marcante, a igreja exibe elementos distintivos que a tornam única. Destacam-se o nicho na fachada com a imagem de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, a graciosa rosácea sobre a porta principal e o elegante campanário que se eleva sobre a construção. No seu interior, encontram-se a beleza das obras em madeira de Bernardo Heise, pelos vitrais deslumbrantes feitos por Korade Sorgenicht, de São Paulo, e pelas criações artísticas de Joaquim Henrique Aragão e Yoshio Ono.

Além desses aspectos arquitetônicos e artísticos que enaltecem a paróquia, sua história se entrelaça com o desenvolvimento da própria Londrina. Testemunha silenciosa de transformações urbanas e sociais, a "Igreja do Shangri-lá" guarda em suas paredes memórias de tempos passados e celebrações que marcaram gerações. Ao longo dos anos, tornou-se não apenas um local de culto religioso, mas também um símbolo de identidade e pertencimento para a comunidade local. Sua presença carrega valores históricos e culturais que moldaram a paróquia e também toda a região onde se insere.

Fontes: Cernev, Jorge. Memória e cotidiano: cenas do Norte do Paraná: escritos que se recompõem. Londrina: IPAC/UEL, 1995. / Inventário Arquitetônico, E-49 – Diretoria de Patrimônio Histórico-Cultural – Secretaria Municipal de Cultura, 2005. / Acervo Londrina Histórica.

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