Londrina era uma importante cidade do interior do Brasil nos anos 1950. Devido à produção cafeeira na região Norte do Paraná, a cidade teve uma considerável expansão urbana. A população cresceu de 20.000 para 75.000 habitantes, com quase metade da população vivendo na área rural. Ainda naquele período, o município já possuía um complexo urbano, com faculdades, colégios, postos de saúde, hospitais, rádios e complexos de lazer.

Nos anos 1960, no centro da cidade se viu surgir o fenômeno da verticalização e, consequentemente, o aumento da densidade urbana da população de renda média e alta. No mesmo período, verificou-se também uma acelerada expansão da periferia ocasionada pela migração da população rural, que em parte passa a trabalhar como boias-frias.

O movimento de urbanização na década de 1960 teve importante impacto econômico e social em Londrina, resultando também em um déficit habitacional. Programas em larga escala foram criados para oferecer novas moradias. 

A concorrência internacional provocou a redução do preço do café, o governo propôs a diversificação de culturas e também o IBC (Instituto Brasileiro do Café) comprou o grão para estoque e controle de seus preços. O incentivo à diversificação de culturas é ampliado especialmente em razão das geadas de 1962, 1966, 1969, 1972 e 1975 – esta que ficou conhecida como “Geada Negra”.

A supremacia do café chegou ao fim. A sua mão-de-obra não foi absorvida por outras culturas agrícolas ou pela pecuária. Então, viu-se grandes fluxos migratórios do campo para a cidade, trazendo impacto produtivo, econômico e social. No início dos anos 1970, Londrina já tinha mais de 200 mil habitantes.

No campo do agronegócio, Londrina teve a sua base econômica modificada. Passou da monocultura do café para uma produção diversificada, com a introdução de culturas como soja, milho, trigo e cana-de-açúcar. Essa rápida transformação e a crescente populacional colocou a cidade mais uma vez entre as principais do interior do Brasil.

Fontes: Câmara de Vereadores de Londrina (cml.pr.gov.br) / Acervo Londrina Histórica.

Outras publicações:

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"Londrina: A Capital Mundial do Café”, uma produção Rilton Filmes

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Arthur Hugh Miller Thomas