1959
No Jubileu de Prata de Londrina, o médico e cineasta Orlando Vicentini realizou o filme "Londrina 1959". A obra cinematográfica mostra aspectos da cidade no ano em que comemorou seus 25 anos. A direção, câmera, roteiro, fotografia e montagem foram todas funções executadas por Orlando Vicentini. O cartaz foi uma colaboração de Dante Santaguida. O som tem a assinatura de Enio Montoro. O áudio do filme era sincronizado com um gravador. Este áudio original foi perdido. No áudio original, havia comentários do também médico Carlos Costa Branco. O documentário feito em cinema 16mm, colorido, foi produzido pelo cineasta e seu filho, Archibaldo Vicentini.
Especialmente para esta produção, Orlando Vicentini comprou uma lente Cinemascope e filme Kodachrome colorido e emprestou uma lente zoom do amigo Odilon Fuganti. Orlando apreciava muito a técnica. Era autodidata. Planejava uma cena, queria um efeito, então perseguia-o até alcançá-lo. Sua obsessão era atingir o efeito desejado. Provavelmente por isso, ao longo dos anos foi aperfeiçoando a montagem do filme. Inicialmente, a obra tinha entre quarenta e cinquenta minutos. A versão final, entregue à TV Coroados (atual RPC) em 1984, na ocasião do Cinquentenário de Londrina, tinha 20 minutos, que foram mostrados na íntegra pelo canal em rede estadual, em um especial sobre a cidade. Como o áudio original havia se perdido, a televisão mostrou o filme com uma nova narração. Além de passar na TV, "Londrina 1959" foi exibido de vinte a trinta vezes, em locais como escolas, Rotarys, Lions, entre outros.
“Londrina 1959” carrega marcas do cineasta: os simbolismos, o uso de fusões e trucagens cinematográficas. Câmera lenta e câmera rápida são recursos também usados por Vicentini. Entre as diversas curiosidades sobre o filme e o cineasta, consta que ele tinha pavor de avião e, para não ter que fazer imagens aéreas, passou a procurar um prédio que lhe permitisse uma visão geral da cidade. O edifício Santo Antônio (em frente ao coreto de Londrina) foi o que possibilitou a melhor panorâmica. Mas Vicentini não ficou satisfeito e achou necessárias as tomadas aéreas. Pediu ao seu amigo Raul Lessa que as fizesse. Lessa concordou. Vicentini ensinou-o rapidamente a operar a câmera e assim foi feito.
Fontes: “Memória: Produção Cinematográfica em Londrina”, de Caio Julio Cesaro – monografia de conclusão do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, Universidade Estadual de Londrina, 1995 / Acervo Londrina Histórica.
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