1937
Ao revisitar a história da cidade, encontra-se a contribuição da serraria Siam - Seleção Industrial de Artefatos de Madeira, mais tarde conhecida como Siam Brasselva. Em 1937, os irmãos Henry e Otto Blumenschein chegaram a Londrina, vindos de Santo André, interior de São Paulo, trazendo consigo equipamentos modernos de sua antiga serraria para fundar a Siam. Esta iniciativa transformou a paisagem econômica local e influenciou o desenvolvimento urbano e social de Londrina, que estava em pleno auge de crescimento na época.
A escolha de Londrina pelos irmãos Blumenschein não foi casual. Naquele período, a região era um celeiro de oportunidades, com sua riqueza em matéria-prima madeireira e um ambiente econômico efervescente. Ainda no final dos anos 1930, a Siam se estabeleceu como uma das mais importantes indústrias da cidade, concorrendo com nomes como a Serraria Curotto e a Serraria e Cerâmica Mortari. Com sua avançada tecnologia, vasta experiência e uma rede estabelecida de fornecedores e clientes, a Siam prosperou e ajudou a moldar o crescimento econômico de Londrina.
O impacto da Siam estendeu-se para além da economia. Na década de 1930 e início dos anos 1940, Londrina vivenciava um "boom" de construções, com a madeira sendo a matéria-prima predominante. A Siam forneceu os materiais fundamentais para casas, pontos de comércio e, por consequência, parte das primeiras grandes edificações, contribuindo para o desenvolvimento urbano da cidade. Seus produtos, que incluíam laminados, compensados, tacos, assoalhos e esquadrias, também eram exportados para São Paulo.
A localização da serraria também teve um impacto social relevante. A indústria ficava no prolongamento da atual avenida Celso Garcia Cid, entre as ruas São Pedro e Paul Harris, logo depois da atual garagem da Viação Garcia. Como a cidade era nova e havia dificuldades de deslocamento, muitos funcionários construíram casas nas proximidades, dando origem à Vila Siam. Este desenvolvimento refletiu a importância econômica da Siam e sua influência na formação de comunidades e na estrutura social londrinense.
Fontes: Blog Londrina – Foto Memória, disponível em https://londrinafotomemoria.blogspot.com / Memórias fotográficas: a fotografia e fragmentos da história de Londrina. Paulo César Boni, Rosana Reineri Unfried e Omeletino Benatto. Midiograf, 2013. / Acervo José Juliani / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss /Acervo Londrina Histórica.
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