Londrina

Londrina recebeu a voo inaugural do Fokker 100

1991


No cenário da aviação brasileira da década de 1990, a introdução do Fokker 100 representou um marco significativo. Este modelo de aeronave, desenvolvido pela holandesa Fokker, foi um passo adiante na modernização da frota das companhias aéreas regionais, que até então operavam principalmente turboélices como o F27 e o Bandeirante. 

A TAM, sob a liderança de Rolim Adolfo Amaro, foi pioneira na adoção deste jato, enfrentando a oposição de gigantes como Varig, Vasp e Transbrasil. A TAM deu início a uma nova era ao apresentar seus dois primeiros Fokker 100, PP-MRA e PP-MRB, em São Paulo.

Londrina faz parte dessa história, pois o voo inaugural do Fokker 100 no Brasil, em 31 de maio de 1991, com a presença do comandante Rolim, aconteceu no trecho São Paulo CGH x Londrina LDB x São Paulo CGH. Esta aeronave representou um avanço tecnológico considerável. Com fuselagem mais longa e asas maiores que seu antecessor, o F28, o F100 podia acomodar entre 107 e 109 passageiros em sua configuração padrão. 

Suas turbinas Rolls-Royce Tay, com melhor desempenho e menor ruído, a tornaram compatível com os regulamentos da época, mais exigentes nesse quesito. A cabine, modernizada com instrumentos digitais e mais conforto para os passageiros, destacava-se também pelo maior espaço para bagagem. Essas características fizeram do Fokker 100 uma aeronave altamente competitiva na categoria de 100 lugares. A operação com o Fokker F-100 em Londrina durou mais de dez anos. 

Apesar de seu sucesso inicial, a trajetória do Fokker 100 no país foi marcada por desafios. A TAM enfrentou graves ocorrências com este modelo, incluindo um acidente fatal em 1996 e um incidente com bomba a bordo em 1997, que prejudicaram a imagem da aeronave. No entanto, a companhia continuou a utilizar a frota de F100 como base para sua expansão, mantendo operações com esses jatos até 2008.

A Oceanair (depois Avianca), após uma reestruturação, adotou os F100 em sua frota, renomeando-os como F28-100 para evitar o desgaste de imagem associado ao modelo na TAM.

Fontes: Blog AeroLondrina / Acervo Paulo Peterlini / Acervo Londrina Histórica.

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