Era a manhã do dia 6 de julho de 1953 quando Londrina reuniu autoridades, personalidades, convidados e curiosos para uma celebração: a inauguração do Jockey Club da cidade. Este empreendimento não era apenas um hipódromo; era o epicentro de um fenômeno social. Nos dias de corrida, as famílias se reuniam - algo que se tornou um costume quase semanal. O barulho dos cascos dos cavalos galopando, misturado aos gritos de entusiasmo do público, criava uma sinfonia urbana única. 

Sua programação era mais do que um evento esportivo; era um espetáculo social, em que  a paixão pelo turfe e a comunidade se faziam presentes. Os jóqueis, figuras centrais desse palco, viviam uma rotina dedicada e intensa. Eles eram os cuidadores, os treinadores e, finalmente, os protagonistas nas corridas de fim de semana. Para eles, aquele lugar era mais do que um local de trabalho; era uma casa, um templo de dedicação e paixão. 

Entre 1955 e 1963, o Jockey Club também se tornou o cenário da Exposição Agropecuária de Londrina, ampliando seu alcance cultural e histórico. Os filmes feitos por Hikoma Udihara, guardados pelo Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, são testemunhos visuais desses eventos, eternizando momentos de uma época marcante para a cidade. Em 1964, a sede da exposição tornou-se o Parque Ney Braga. 

Foi nos anos 1970 que o hipódromo encerrou suas atividades. O local sofreu com o abandono e o desgaste do tempo. Atualmente, onde antes se ouviam os sons das corridas, repousa o campus Londrina da Pontifícia Universidade Católica (PUC). A transformação é simbólica: de um espaço de entretenimento e esporte para um de educação e desenvolvimento. E, assim, o Jockey Club de Londrina tornou-se um capítulo inesquecível na história da cidade.

Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Jornal União / Acervo Londrina Histórica.

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