O fotógrafo artesanal, popularmente conhecido como lambe-lambe, era  uma figura icônica nas praças urbanas, encontrado em Londrina, por exemplo, na praça Marechal Floriano Peixoto (praça da Bandeira), ao lado da Catedral Metropolitana. 

O termo lambe-lambe, que evoca a ação de colar cartazes em paredes e espaços públicos, foi adaptado para descrever esses fotógrafos que, com suas máquinas peculiares, funcionavam como estúdios móveis, possibilitando a entrega da fotografia pronta em poucos minutos. Eles ofereciam aos interessados não apenas um retrato instantâneo, mas uma experiência singular.  

Luiz Juliani foi um dos mais emblemáticos lambe-lambes de Londrina e exerceu este ofício por mais de cinco décadas, testemunhando e participando ativamente da história visual da cidade. O auge do lambe-lambe ocorreu nas décadas de 1960 e 1970, quando se formavam filas para tirar uma fotografia. Essa era uma época antes da instantaneidade digital, quando cada foto era um evento, um ritual quase mágico de revelação e espera. 

Com o tempo, porém, a tecnologia avançou inexoravelmente, trazendo consigo a polaroid com sua revelação instantânea, seguida pelas câmeras portáteis e, finalmente, pela revolução digital. Cada inovação representava um novo desafio à relevância e à sobrevivência dos lambe-lambes. Alguns até fizeram uso destes equipamentos, acoplados ao caixote e ao tripé, marcas identitárias do ofício mas, com o passar do tempo, o ofício foi perdendo espaço para a tecnologia.

Além de ser um importante marco identitário local, o lambe-lambe também é considerado um bem cultural e parte do patrimônio municipal. A preservação dessa tradição é importante para a valorização da história e da cultura da cidade de Londrina.

Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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