Desde uma simples ideia de três alqueires até a expansão para quase cem, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) se ergue como um monumento ao crescimento educacional e cultural no município. Seu início remonta à Fundação de Ensino Superior de Londrina (Fesulon), criada em 1965 com o objetivo de estabelecer uma Faculdade de Medicina, simbolizando não apenas um marco na educação, mas também na história urbana e social da cidade.

A escolha do terreno para o campus universitário, detalhada no livro “Peroba Rosa”, do professor Joaquim Carvalho da Silva, revela uma visão estratégica que ultrapassa a mera aquisição de um lote de terras. O papel decisivo do secretário da Fazenda estadual da época, Orlando Mayrink Góes, foi crucial. Sua percepção ao sobrevoar Londrina e identificar a Fazenda Santana, ou Perobal, como o local ideal para o campus, não foi apenas um ato de observação, mas uma profunda compreensão do que a universidade poderia significar para a região.

A Fazenda Santana, com sua profusão de perobas entre os pés de café, tornou-se o berço da UEL. O apoio do Governo do Estado e a generosidade da família proprietária da fazenda foram essenciais na formação do campus. Este suporte reflete a importância atribuída à educação e à pesquisa naquele período do Brasil, especialmente na região Norte do Paraná.

À medida que a UEL se desenvolveu, ela se tornou mais do que um conjunto de prédios educacionais: transformou-se em um centro de integração social e cultural. Conforme relata Carvalho, o design dos primeiros prédios foi concebido para fomentar a interação entre estudantes e professores de diferentes disciplinas, refletindo as reformas do ensino superior da época e promovendo um ambiente dinâmico de ensino e pesquisa.

Fontes: O Perobal – Universidade Estadual de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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