No encontro da alameda Manoel Ribas com a rua Minas Gerais, o tempo desenha linhas sutis nas paredes de um prédio que, desde 1946, testemunha a transformação da cidade de Londrina. Erguido em um passado de inovações e ousadias, o edifício abrigava a vanguarda comercial: a loja de departamentos da Casas Fuganti.

A Casas Fuganti, matriarca do consumo, não foi apenas uma loja; tornou-se um capítulo da história econômica da cidade. Seus corredores exibiam uma variedade de produtos, enquanto a Casa de Chá, um enclave de requinte, acolhia senhoras da sociedade até o fim da tarde e os homens de negócios na parte da noite. 

A família Fuganti tinha vários outros empreendimentos: da Plenogás à revenda de automóveis, a diversidade dos seus negócios envolvia a cidade. A Casa de Chá existiu por apenas seis anos, no entanto, resiste no imaginário local até os dias de hoje, como uma referência de inovação e sofisticação.

Os anos de 1970 trouxeram ventos de mudança quando o edifício trocou de mãos, passando ao controle do extinto banco Bamerindus. Duas décadas depois, sua fachada recebeu uma criteriosa restauração e o local voltou a funcionar  como agência do banco HSBC. Hoje sob a bandeira do Sicoob, o prédio ressoa não apenas a rotina dos serviços financeiros, mas a história intrínseca à sua estrutura de estilo Art Decó.

Pelo uso e por sua arquitetura, o edifício é um importante marco histórico da cidade de Londrina.  Testemunha das transformações econômicas, o prédio mantém sua dignidade original, alicerçada na restauração da fachada. No compasso dos dias, sussurra sobre a Casas Fuganti, a Casa de Chá e a visão empreendedora que moldou o cenário econômico londrinense. A agência do banco Sicoob, como guardiã moderna, mantém viva a narrativa. 

Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Folha de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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