No início da década de 1970, a Universidade Estadual de Londrina (UEL), com sua verve de inovação, implantou duas unidades de saúde em bairros periféricos do município, o Jardim do Sol e a Vila Fraternidade. Estes postos de atendimento tinham por objetivo servir de campo de estágio para estudantes do curso de medicina. Também é dessa época a criação do Serviço Municipal de Pronto Socorro, formalizado pela Lei 1639/70. Foram os passos iniciais da história do Sistema de Saúde londrinense.

A estrutura foi sendo ampliada e aperfeiçoada continuamente. Veio a introdução dos auxiliares de saúde, membros da própria comunidade capacitados para diagnosticar e tratar os males mais comuns. Inspirados no modelo de Atenção Primária à Saúde, delineado pela Organização Mundial da Saúde em Alma-Ata, esses agentes do bem-estar romperam com a dicotomia entre medicina preventiva e curativa, oferecendo atenção e cuidados que transcendeu o dogma da época.

Houve melhoria do acesso da assistência, com a implantação de unidades que atendiam a comunidade dentro de seu contexto sócio, econômico e cultural. Segundo o próprio histórico da Secretaria Municipal de Educação, são “ideias que foram se consolidando e contribuíram na origem ao movimento pela Reforma Sanitária, ganhando expressão em todo o país”.

Ainda nos anos 1970, foi criada a Autarquia dos Serviços Municipais de Saúde e foram implantados os primeiros postos de saúde na Vila Nova, nos jardins Bandeirantes, Leonor, Piza, no Centro Social Urbano e no Carnascialli. Assim, a cidade foi estruturando um sistema de saúde inclusivo, onde a medicina não apenas os aspectos do corpo, mas também dedicava atenção aos contextos sociais e culturais de cada indivíduo.

Fontes: Secretaria Municipal de Saúde / Acervo Londrina Histórica.

Outras publicações:

Londrina

O templo Honpa Hongwanji

Londrina

Oswaldo Militão: um legado de jornalismo e comprometimento com Londrina