1963
Jorge Tachibana nasceu em Lins, no interior de São Paulo. Seus pais vieram de Hokkaido, a segunda maior ilha do arquipélago japonês. Foi o mais novo entre três irmãos. Aos 10 anos de idade, ganhou a primeira máquina fotográfica. A partir do que aprendeu vendo as revistas japonesas da época, montou um laboratório em casa e utilizava a luz natural para revelar as fotografias que fazia, técnica semelhante à utilizada pelo fotógrafo lambe-lambe. No começo, usava as chapas de vidro, só mais tarde vieram os filmes.
Tinha 15 anos de idade quando chegou em Londrina. Logo, começou a trabalhar no Foto Oriental, que ficava na rua Quintino Bocaiúva, Depois de três anos, resolveu montar o seu próprio negócio de fotografias, um estabelecimento que ficava na rua Sergipe. Mais tarde, estendeu a atividade à cidade de Bela Vista do Paraíso, onde também abriu uma empresa de fotos.
No ano de 1963, fazia apenas 20 dias que a TV Coroados tinha inaugurado e Jorge resolveu ir até lá e pedir emprego. O canal surgiu com a fama de ser a primeira televisão do interior do Brasil. Jorge foi contratado para ser cinegrafista da emissora.
Naquela época, as reportagens eram feitas em filme 16 milímetros, com câmeras utilizadas na II Guerra Mundial. Os equipamentos eram resistentes, mas não cabiam mais do que dois minutos e meio de imagens, resultando em reportagens que não tinham mais que 30 a 40 segundos de cenas.
No início da televisão, os desafios eram grandes para os profissionais. Por exemplo, não tinham uma pauta a seguir e, muitas vezes, saíam da redação sem saber o que iriam registrar. Entre as inúmeras reportagens que Tachibana participou, estão a inauguração da Sercomtel, em 1968, a cobertura de jogos do Londrina Esporte Clube (LEC), e também registros de incêndios e perseguições policiais.
Jorge Tachibana também foi motorista de táxi por 25 anos. Profissão que deixou de exercer aos 79 anos de idade. Comprou o primeiro táxi quando ainda era cinegrafista. Foi um corcel, quatro portas, branco, ano 1975 e o ponto do táxi ficava na rua Belo Horizonte, na esquina com a rua Quintino Bocaiúva.
Fontes: Planeta Sercomtel / Máxima Comunicação / Studio Milton Dória / Acervo Londrina Histórica.
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