1972
Raul Zanketi nasceu em 15 de junho de 1936, em Joaçaba, Santa Catarina. Casou-se com Dirce Oliveira Zanketi e teve três filhos: Raul Zanketi Junior, Lauri Zanketi e Dick Zanketi. Em Londrina, desde 1972, Raul Zanketi começou seus negócios montando uma empresa que fotografava casamentos e outros eventos. Por volta de 1974, um funcionário roubou suas câmeras, com exceção de uma. Praticamente obrigado, Raul teve que começar a usar a filmadora Super 8 que lhe restou. Daí para frente, não parou mais.
Em 1975, Zanketi expandiu sua influência para as páginas da Folha de Londrina, onde conduzia a seção "Super 8", no caderno de "Fotografia". O objetivo era prestar um serviço de utilidade pública, esclarecendo dúvidas dos leitores sobre técnicas do Super 8. Dicas sobre efeitos especiais, sonorização, iluminação, angulação e montagem fluíam de sua caneta, orientando cineastas amadores.
Em março de 1976, como parte de um grupo de pessoas que se juntou porque queria fazer cinema na cidade, Raul Zanketi ajudou a fundar a Associação Londrinense dos Cineastas Amadores (ALCA). Chegou a ser o presidente da entidade por mais de uma ocasião. No mesmo ano, Zanketi adquiriu uma câmera 16mm.
Ao longo de sua trajetória, Raul Zanketi realizou diversos trabalhos para emissoras de Televisão de Londrina, produziu comerciais, casamentos, documentários e alguns institucionais para empresas. Os comerciais eram feitos com a câmera 16mm. Para os casamentos, usava a Super 8. Segundo o filho, Lauri Zanketi, o pai chegou a filmar dezenove casamentos em um único mês. Ao todo, foram mais de mil cerimônias desse tipo, em Londrina, Curitiba e outras cidades do Paraná, no interior de São Paulo, Santa Catarina e até no Rio Grande do Sul.
Ele fazia tudo praticamente sozinho, contando apenas com eventuais ajudas da esposa e dos filhos. A empresa de Raul chamava-se Zanketi Produções Cinematográficas. Nas suas incursões cinematográficas, foi colaborador de outro cineasta londrinense: Vicente José Lorenzo Izquierdo. Também, realizou um filme ficcional, que conta a estória de uma convertida. Esses filmes alcançaram significativa repercussão, sendo exibidos em festivais da época.
Fontes: “Memória: Produção Cinematográfica em Londrina”, de Caio Julio Cesaro – monografia de conclusão do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, Universidade Estadual de Londrina, 1995 / Acervo Londrina Histórica.
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