1932
No dia 9 de julho, São Paulo relembra um dos marcos mais significativos de sua história: a Revolução Constitucionalista de 1932. No entanto, poucos se debruçam sobre os detalhes dos acontecimentos que envolveram essa revolta que marcou profundamente o destino do Estado e do país.
O estopim da revolta ocorreu em 23 maio de 1932, com a trágica morte dos jovens Martins, Miraguaia, Dráuzio e Camargo (MMDC). Eles caíram durante confronto com as forças do governo federal. E assim foi em 9 de julho que os revolucionários decidiram pegar em armas, erguer suas vozes e afastar as forças federais que ameaçavam sua autonomia.
Nesse cenário de conflito, um personagem singular entrou em cena, George Craig Smith. De forma voluntária, no mesmo mês, se alistou nas Forças Constitucionalistas de São Paulo. Como o soldado nº 1.881 da Companhia do 6º BCR, enfrentou o calor das batalhas nas frentes de Buri e Ligiana, durante toda a Revolução, sem conhecer um dia de descanso, até ser preso na frente de Buri e enviado a Ilha das Flores, no Rio de Janeiro. O próprio relatou em depoimento que várias vezes escapou da morte por milagre.
A história conta que a batalha se arrastou por 87 dias. Enquanto as fontes oficiais registraram 934 mortos, houve estimativas que indicaram um número bastante superior de vítimas, chegando a duas mil vidas perdidas. Em 2 de outubro, houve a rendição dos paulistas no município de Cruzeiro, quando, reconhecendo a escassez de soldados e de mantimentos para sustentar o combate contra o Governo Provisório, assinaram a carta de rendição. As forças leais a Getúlio Vargas chegaram a vitória.
Como um sobrevivente, no mesmo mês, Craig Smith voltou a Londrina. À sua espera, com enorme entusiamo, estavam Willie Davids e sua esposa, Carlota Melo Peixoto Davids. A felicidade do reencontro se destacou principalmente porque acreditavam que o combatente teria sido morto na revolução, inclusive, rezaram uma missa pela alma de Smith.
Fontes: “Colonização e Desenvolvimento do Norte do Paraná-Norte”. Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, 1975. / Acervo Londrina Histórica.
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