Era o ano de 1933 e Londrina ainda dava seus primeiros passos em sua jornada enquanto “Terra da Promissão”. Entre os desafios que pontuavam aqueles primeiros anos, destacava-se a formação educacional das crianças, um alicerce essencial para a construção do porvir.

Nesse cenário incipiente, no núcleo central da cidade, encontra-se a história de Virgínia Barduco de Almeida. Ela, com seu conhecimento e sua dedicação, provavelmente, foi a primeira professora de Londrina, pois, em sua casa, localizada na esquina das ruas Santa Catarina e Mato Grosso, recebia um grupo seleto de alunos para aulas particulares. 

Entre os educandos pioneiros que formavam a turma da professora Virgínia estavam: Narciso Rodrigues, Plácido Martins, Aparecida Martins, Leda Otranto, Weber Otranto, Fortunato de Almeida e Ivete Arquelau. O valor da mensalidade, oito mil réis, não era apenas uma quantia, mas sim um investimento no futuro que se avizinhava para aquelas crianças. 

Todos as crianças eram atendidas com carinho e rigor pela mestra. As primeiras letras ganhavam vida sob sua orientação, e o alicerce do saber se consolidava, firme e inabalável. Cada traço de giz, cada curva de letra ensinada, eram os primeiros feitos da grandiosa construção que se tornaria o sistema educacional da cidade.

Poucos tempo depois, o registro da presença protagonista e pioneira da mulher na educação em Londrina também é encontrado na edição do jornal "Paraná-Norte" datada de 19 de setembro de 1937, em nota que informa que o prefeito Willie Davids nomeou, para escolas do município, as professoras: Iracema Zorube Petrole, Catharina Martins Duran, Letícia Oliveira Osken, Helena Faria de Castro, Auta Dantas, Maria Carolina de Castro, Josepha Pinto, Ruth Figueiredo, Guiomar Alves Petraglia, Amelina Costa e Amélia Menck. 

Fontes: Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss, Boletim No  6, 1982. / Acervo Londrina Histórica.

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